Após reportagem, licitação de R$ 5,4 milhões para reforma de 7 terminais volta a andar

Seis meses depois de anunciar a reforma dos terminais e construção de pontos cobertos, a Prefeitura de Campo Grande deve abrir a licitação para as obras. Uma reportagem do Jornal Midiamax na semana passada denunciou a demora para a reforma e a precariedade dos terminais, que não oferecem conforto para os usuários. A Prefeitura informou […]

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(Leonardo de França
(Leonardo de França

Seis meses depois de anunciar a reforma dos terminais e construção de pontos cobertos, a Prefeitura de Campo Grande deve abrir a licitação para as obras. Uma reportagem do Jornal Midiamax na semana passada denunciou a demora para a reforma e a precariedade dos terminais, que não oferecem conforto para os usuários.

A Prefeitura informou nesta terça-feira (25) que os projetos e a definição das planilhas de custo foram concluídos e que planeja abrir a licitação nos próximos dias. As obras vão contemplar a reforma de sete terminais de transbordo e o Ponto de Integração Hércules Maymone, onde passam 230 mil usuários todos os dias. O investimento será de mais de R$ 5,4 milhões, mas a Prefeitura acredita que o preço possa cair, com a disputa entre as empresas participantes da concorrência.

Reportagem publicada pelo Jornal Midiamax na última sexta-feira (21) havia denunciado a demora para a abertura das licitações, já que o orçamento da obra de alguns dos terminais já estava pronto. Questionado, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) admitiu que as obras têm demorado por causa da burocracia.

As reformas

Serão reformados os terminais Bandeirantes, Guaicurus, Júlio de Castilho, Aero Rancho, Nova Bahia, General Osório e Moreninhas. De acordo com a administração municipal, a reforma abrangerá revisão das instalações elétricas; hidráulicas; plano de segurança contra incêndio e pânico; cobertura; reforço do piso rígido do pátio; pintura geral; troca dos bancos; sala para descanso dos funcionários; área para estacionamento de bicicleta (bicicletário); guarita dos guardas municipais ou seguranças e grades móveis para o fechamento dos terminais durante a madrugada, quando não há circulação de ônibus.

Uma das reclamações mais frequentes, não só entre usuários como também entre os comerciantes, é a falta de segurança nos terminais de ônibus durante a noite. Para tentar resolver a situação, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) anunciou que os terminais serão fechados quando o último ônibus deixar as plataformas e terá um vigilante na guarita – que também será construída. O objetivo é evitar a ação de vândalos.

Outra novidade anunciada é a instalação de bicicletários. Assim, os usuários do transporte podem chegar de bicicleta até os terminais. A reforma do terminal Morenão não está prevista na licitação pois participa de outra etapa, que utiliza recursos do projeto Mobilidade Urbana. O terminal será ampliado em 80 metros quadrados e o projeto ainda prevê a construção de dois novos terminais: nas regiões do Alto do São Francisco e do bairro Tiradentes.

Precariedade nos terminais

Enquanto as obras não saem, os usuários continuam a sofrer com as condições dos terminais de ônibus. Muitas vezes sem banheiros ou bebedouros adequados para uso dos passageiros, os terminais são precários em Campo Grande.

Uma pesquisa do Ibrape (Instituto Brasileiro de Pesquisas de Opinião Pública) publicada pelo Jornal Midiamax, os usuários reprovaram a limpeza nos terminais de ônibus: 43% considera ruim, 37% regular e 15% bom.

A segurança também é motivo de reclamações, ainda mais de quem trabalha nos terminais. Em janeiro, imagens de câmeras de segurança mostraram o roubo em uma cantina no Terminal Bandeirantes. “Nos terminais não tem segurança nenhuma, ainda mais à noite. Teve comércio que já foi roubado. Ainda por cima, o vandalismo é muito recorrente, está sempre tudo destruído, os banheiros não param limpos. Nestes casos, a gente nunca sabe para quem recorrer, se é a Prefeitura ou o Consórcio”, disse comerciante, que preferiu não se identificar.