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Cotidiano

Com 1140 mortes em 2019, servidores do HRMS temem ‘pagar a conta’ na investigação

Após abertura de investigação do MPMS (Ministério Público Estadual) sobre mais de mil óbitos de pacientes do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) somente neste ano, funcionários do hospital temem ‘pagar a conta’. Isso porque, segundo o sindicato da categoria, há receio de que pacientes e seus familiares não entendam quem são os […]
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Foto: Midiamax | Arquivo
Foto: Midiamax | Arquivo

Após abertura de investigação do MPMS (Ministério Público Estadual) sobre mais de mil óbitos de pacientes do HRMS ( de Mato Grosso do Sul) somente neste ano, funcionários do hospital temem ‘pagar a conta’. Isso porque, segundo o sindicato da categoria, há receio de que pacientes e seus familiares não entendam quem são os responsáveis pelo caos relatado na unidade hospitalar.

“É uma situação que afeta muito a autoestima dos funcionários, é um baque grande. Porque eles fazem de tudo para garantir o melhor atendimento, dentro das condições que eles encontram. Mas, infelizmente, pouco depende deles, é uma questão de ineficiência administrativa. Nosso medo é que as pessoas não entendam isso e que esse funcionários corram risco de sofrer agressões, insultos, violência”, pontua Ricardo Alexandre Corrêa Bueno, presidente do Sintss (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de MS).

O sindicalista defende que os problemas encontrados no HRMS são de ordem estrutural e que além das condições de trabalho, também há a questão da falta crônica dos insumos hospitalares, o que prejudica muito tanto o paciente como o profissional.

“É uma situação gritante. para se ter uma ideia, tivemos uma visita com uma comissão do Conselho Estadual de Saúde, da qual sou vice, e nos foi relatado naquele momento que havia apenas um antibiótico para tratar pneumonia, sendo que são necessários vários tipos”, comenta.

Para Bueno, somente a investigação poderá comprovar se a morte de 1.140 pacientes de fevereiro a outubro deste ano foram ou não em decorrência da falta de insumos e da falta de investimentos no Regional.

“Esperamos que a investigação esclareça isso, mas o que não pode ocorrer de forma alguma é a responsabilização dos funcionários, porque eles estão ali, fazendo das tripas coração, usando a criatividade para garantir o melhor atendimento possível”, pontua.

Investigação

A investigação do MPMS vai apurar a responsabilidade sobre a morte de 1.140 pacientes no Regional entre fevereiro e outubro deste ano. O número corresponde a uma média de 4,4 mortes por dia no Hospital, mas a SES (Secretaria de Estado de Saúde) já informou que o número está dentro da média histórica.

O Estado de MS destinou no ano passado um total de R$ 354,7 milhões ao Hospital Regional, que corresponde a 23% dos gastos totais com a saúde em MS. A unidade, que recebe a segunda maior demanda do estado está sempre envolvido em problemas, que vão desde a falta de insumos e de profissionais, até a presença de piolho de pombos.

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