Após visitar pontos alagados, em decorrência da forte chuva dessa terça-feira (26), em Campo Grande, Marquinhos Trad afirmou que a prefeitura já realiza ações preventivas para evitar alagamentos.

“A gente sempre fez a manutenção e limpeza dos córregos, bueiros, realizamos a poda das árvores para evitar que lixo seja acumulado. Acabei de sair da Avenida Euller de Azevedo, que foi o local que mais sofreu danos”. Ainda conforme Trad, as empreiteiras responsáveis pelas obras não têm culpa dos estragos provocados pelo temporal. “Não são responsáveis, o que aconteceu hoje, somente se resolve com plano que já apresentamos, está em Brasília e que não conseguimos aprovação porque eles falam que a nossa cidade não tem capacidade de endividamento”, aponta.

O prefeito afirma ainda, que a drenagem feita em Campo Grande é extremamente complexa, pois, a cidade sofreu crescimento considerável nos últimos 20 anos, sem observar os cuidados com as nascentes dos córregos e sem planejar eventuais quantidades de chuva.  “O crescimento desordenado, com autorização de edificações de prédios e condomínios de construtoras, às margens dos córregos, sem as devidas contrapartidas dessas empresas, isso com certeza colaborou”.

Marquinhos Trad afirmou ter apresentado em Brasília, um projeto criado por ele mesmo, para estudar soluções definitivas para alagamentos.

“O projeto está orçado em US$ 80 milhões, apresentamos ele ao BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outros bancos, mas nenhum nos autorizou, dizendo que Campo Grande não tinha condições de pagamento. A base que eles têm é de 2016, e nós tivemos uma gestão, sem querer apontar culpados, um pouco tribulada em Campo Grande”, ressalta.

Na quinta-feira (28), Marquinhos Trad irá a Brasília conversar com o secretário de transportes metropolitanos, Alexandre Baudy.

“Vou levar todas as fotos que nós colecionamos, mostrar para ele nossa situação e digo que só não foi pior, a destruição em alguns pontos de nossa cidade, pelas atitudes preventivas que tomamos, como a limpeza dos bueiros e córregos, e a obra que estamos realizando na Ernesto Geisel. Se passar agora por lá, nem parece que choveu. Se não tivessem essas obras nossas ali, a imprensa estaria lá fotografando”, afirmou.