Às vésperas do Dia de Finados, a manicure Lurdes Chagas dos Santos deparou-se com mais uma cena de descaso em um cemitério municipal de Campo Grande: na manhã desta quarta-feira (30), após deslocar-se ao Cemitério do Cruzeiro para fazer a limpeza do jazigo onde descansam mãe, filha e avó, Lurdes constatou que uma porta de vidro temperado inteira havia sido furtada.

Segundo ela, o crime ocorreu nesta madrugada, já que na terça-feira (29) ela esteve no local para fotografar a fechadura e tentar fazer uma cópia da chave. “Fiz tudo isso para poder limpar a capelinha. Mas, quando a gente chegou aqui hoje de manhã tinha esse descaso. Roubaram uma porta inteira de vidro, e quebraram tudo aqui, a janela da lateral está destruída”, denunciou a manicure.

A situação causou indignação e revolta, já que o Dia de Finados será celebrado no sábado (2) e também porque esta já seria a segunda vez que o túmulo é alvo de furtos e profanações. Na primeira, foram furtados quadros com fotos e um tapete.

“É muito revoltante. A gente cuida com tanto carinho, faz tudo o que a Prefeitura pede, que é zelar esses espaços. Aqui estão minha mãe, minha filha e minha avó. Eu não vou colocar uma porta nova, eu quero ser indenizada, porque isso é muito desrespeito. Onde estão os vigilantes? Onde está a Guarda? Porque esse cemitério, diferente dos outros, é tão descuidado”, protesta.

Relatos de furtos nos cemitérios de Campo Grande são frequentes e a população atingida clama por mais segurança neste locais. Placas de bronze, batentes de mármore, vasos e demais itens utilizados em cemitérios são os principais alvos dos bandidos. De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, nos três cemitérios municipais há cerca de 87 mil jazigos.

Além disso, outro problema enfrentado nos cemitérios é o abandono dos jazigos por parte dos próprios familiares.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande e questionou sobre a segurança dispensada nos cemitérios municipais. Até a publicação deste matéria, não houve resposta.

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