Escolas da Rede Estadual de Ensino deixam de ofertar vagas para novas matrículas em turmas de 1° ano do Ensino Fundamental a partir de 2019. A SED (Secretaria de Estado de Educação) informa que, como as redes municipais são responsáveis pelo ensino infantil e fundamental, as turmas serão ofertadas em escolas estaduais apenas em situações específicas.

Desde a semana passada, alguns pais e responsáveis têm entrado em contato com o Jornal Midiamax para denunciar o fim da oferta de algumas séries em escolas estaduais. A escola Henrique Ciryllo Corrêa, por exemplo, deixou de ofertar não só o 1º ano do ensino fundamental, como os três anos do ensino médio, o que motivou protesto da comunidade escolar.

A presidente da Associação de Mulheres do Perdizes, Elizete Gomes, reclama do fim do 1º ano da escola Maria de Lourdes Toledo Areas, que seria o mais próximo da população do bairro Rouxinóis. “A escola nos informou do término da primeira série do fundamental, falam que isso é responsabilidade do prefeito. A escola é mais próxima, tenho uma netinha no Ceinf (Centro de Educação Infantil) e agora que ela iria para a escola, não posso matricular lá”, diz.

Segundo a SED, atualmente 45 escolas oferecem apenas o ensino fundamental e 222 atendem o fundamental e médio em Mato Grosso do Sul. Mesmo entre estas, o 1º ano do fundamental já não é oferecido por diversas escolas por falta de demanda.

“Esta medida não é administrativa, foi feita com base em levantamento, quando percebemos um decréscimo no número de matrículas nos primeiros anos do fundamental. Nestes casos, o número de matrículas para o primeiro ano é o que mais cai”, informou a comunicação da Secretaria.

De acordo com informações da SED, a tendência é que, progressivamente, o Estado passe a oferecer apenas vagas para turmas dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio. “A partir do ano que vem, nenhuma escola vai oferecer o 1º ano do fundamental. Em casos específicos ainda haverá oferta. Um exemplo é escola Professor Ulisses Serra, no Indubrasil, que vai oferecer porque não tem nenhuma [escola] municipal nas proximidades”.