Os resultados ainda são parciais, mas já é possível dizer que o resultado foi positivo nas vendas de Natal no centro de . Apesar do temor das obras da rua 14 de Julho, a principal do comércio no centro da Capital, a (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) analisa que o Reviva não prejudicou as vendas.

De acordo com o diretor da Associação, Omar Aukar, as vendas foram iguais ou pouco melhores do que no Natal do ano passado. “O que a gente nota é que alguns segmentos responderam melhor. Supermercados, restaurantes, setor de automóveis, estes responderam melhor. Outros, nem tanto. No geral, acredito que nosso natal vai ficar igual ou uns 2 ou 3% melhor do que 2017”, afirma Omar.

O diretor cita o segmento em que atua, o de roupas. Para Omar, o setor de vestuário deve performar com vendas um pouco abaixo do que os resultados de 2017. Entretanto, isto não deve ser fator de desânimo para os comerciantes, já que as vendas em novembro foram boas. “Vendeu menos no Natal principalmente por conta da Black Friday, quando vendemos bastante. Muita gente que tinha que comprar roupa para o Natal, aproveitou as promoções de Black Friday. Assim, houve um crescimento de vendas no mês de novembro, que tirou as vendas de dezembro”, diz Aukar.

Quanto às obras do Reviva Campo Grande, que foram causa de protestos e dores de cabeça aos comerciantes no segundo semestre, o diretor afirma que a revitalização da rua 14 de Julho beneficiou o comércio nas vendas de Natal. “Onde ficou pronto, o lugar está mais bonito, mais transitável. As obras atrapalharam em agosto e setembro, quando estava impedido o trânsito, aí o pessoal reclamou com razão. Acho que agora, no final do ano, não afetou [as vendas] não”, explica.

De acordo com o diretor da Associação, o saldo foi positivo nas vendas de Natal e o comércio deve aquecer novamente no início de janeiro, quando começam as liquidações. Omar Aukar afirma que algumas lojas já estão com cartazes de promoção, mas as liquidações começam oficialmente no dia 2 de janeiro e prosseguem até fevereiro, com 45 dias de promoções para os consumidores.

Realidades opostas no Centro

A poucos dias do Natal e após o depósito da segunda parcela do 13º salário, o Jornal Midiamax foi às ruas do Centro para conferir o movimento de consumidores à procura de presentes. Apesar de muitas pessoas estarem afim de gastar o dinheiro, a diferença em poucos metros é de um Centro divido entre intenso fluxo de consumidores e escassez de clientes.

Por exemplo, na Rua 14 de Julho, entre a Barão do Rio Branco e a Dom Aquino, as pessoas disputavam lugar na calçada e lotavam as lojas em busca de ofertas. Enquanto isso, na mesma rua, entre a Marechal Rondon e a Maracaju, os comerciantes esboçam preocupação e culpam as obras do Reviva como causa da pouca movimentação.

(Colaborou Mariane Chianezi)