MP-MS instaura inquérito e pede que Prefeitura intensifique combate à poliomelite

O MP-MS (Ministério Público Estadual) instaurou um inquérito para apurar o cumprimento das metas de vacinação contra poliomelite e sarampo em Campo Grande, traçadas pelo Ministério da Saúde. Em todo o Estado, os índices de vacinação caíram nos últimos dois anos. Em 2016, a cobertura vacinal contra a poliomelite ficou abaixo dos 95% recomendados pelo […]

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O MP-MS (Ministério Público Estadual) instaurou um inquérito para apurar o cumprimento das metas de vacinação contra poliomelite e sarampo em Campo Grande, traçadas pelo Ministério da Saúde.

Em todo o Estado, os índices de vacinação caíram nos últimos dois anos. Em 2016, a cobertura vacinal contra a poliomelite ficou abaixo dos 95% recomendados pelo Ministério, em 93,78%, enquanto em 2017 o índice caiu para 88%.

Para evitar riscos à população da capital, o MP-MS recomendou que a Prefeitura intensifique a divulgação da Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomelite e Sarampo, que terá início na segunda-feira (6).

O órgão quer que a Prefeitura divulgue a campanha intensamente com a veiculação de peças em jornais, televisão, rádios, sites e redes sociais, além de cartazes e folders em órgãos públicos com grande fluxo de atendimento.

O MP-MS também recomenda que sejam reforçados urgentemente as equipes responsáveis por vacinações nos postos de saúde, e pede que sejam ampliados os horários de atendimento à população durante o período da Campanha de Vacinação.

A recomendação ainda solicita que a Prefeitura realize, em prazo de um mês, visitas nas áreas rurais e de difícil acesso de Campo Grande, e realize levantamentos nas escolas e Ceinfs de quais alunos estão com a caderneta de vacinação irregular, para que sejam notificados seus pais.

A recomendação foi emitida pela promotora de Justiça Filomena Aparecida Fluminhan, da 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública. A promotora deu prazo de cinco dias para que a Prefeitura intensifique a divulgação da Campanha.

Risco de Poliomelite

Em junho, a Sociedade Brasileira de Pediatria publicou nota pública alertando da necessidade de redobrar a atenção em torno da vacina contra poliomelite, uma vez que houve um caso confirmado da doença na Venezuela, país que faz fronteira com o Brasil.

Diversos casos estão em investigação no país. A preocupação aumenta devido ao fluxo de imigrantes que atravessam as fronteiras entre os dois países, principalmente no Norte. Para evitar a contaminação, o Ministério da Saúde estabelece que deve haver uma cobertura vacinal de 95% da população em todo Brasil.

Em julho, o MPF (Ministério Público Federal) publicou um estudo que apontava risco de volta da poliomelite em 312 cidades de todo Brasi, por falta de cobertura vacinall. Cinco delas ficam localizadas no Mato Grosso do Sul: Ivinhema, Japorã, Amambai, Ladário e Miranda.

A poliomelite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa. A transmissão ocorre via oral, ao falar, tossir ou espirrar, ou ao consumir água ou alimentos contaminados com fezes e doenças de portadores. Não existe tratamento, a única forma de prevenção da doença é a vacina.

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