Moradores de invasão protestam por moradia em frente ao Fórum
Um grupo de moradores fazem manifestação na tarde desta segunda-feira (26) em frente ao Fórum, em Campo Grande. As famílias fazem o ato durante audiência de processo de reintegração de posse movida por empresa em 2016. Uma das lideranças, Adavilson Matias dos Santos, de 39 anos, afirmou que as casas e a área são de […]
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Um grupo de moradores fazem manifestação na tarde desta segunda-feira (26) em frente ao Fórum, em Campo Grande. As famílias fazem o ato durante audiência de processo de reintegração de posse movida por empresa em 2016.
Uma das lideranças, Adavilson Matias dos Santos, de 39 anos, afirmou que as casas e a área são de direito dos moradores que estão no local há 2 anos. Portando cartazes, os moradores pedem ajuda das autoridades, pois temem sofrer despejo.
“Pagaremos pelas nossas moradias”, “Senhor prefeito, por favor nos ajude com nossas casas”, dizem alguns dos cartazes. A liderança dos moradores, Jaderson de Jesus de Souza, está participando da audiência junto aos representantes da empresa. O prefeito Marquinhos Trad (PSD) também está no local.
Ocupação
A área foi ocupada em dezembro de 2016 e tem cerca de 18 hectares e fica nas localidades da Avenida dos Cafezais, no Bairro Los Angeles, onde funcionou o clube Samambaia, entre os anos de 1980 e 2005. Os ocupantes alegam ociosidade do terreno e reivindicam a posse da área para construção de casas.
São mais de 600 pessoas no lugar, em sua maioria famílias que dizem não ter casa própria e estar na fila da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande). Os novos moradores alegam que o terreno foi escolhido porque estava abandonado há vários anos, e servia apenas de esconderijo de bandidos e ‘desova’ de corpos.
As famílias afirmam que, com a invasão, pretendem chamar a atenção para a distribuição de casas populares, que segundo eles nem sempre beneficia quem mais precisa. O déficit habitacional em Campo Grande é estimando em 50 mil famílias na fila de espera por uma casa.
Pedido de reintegração
No mesmo mês a ocupação, a empresa Z Empreendimentos Artísticos Eireli – ME, entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse afirmando ser a legitima proprietária do terreno. No pedido, a empresa afirma que comprou o terreno, em abril de 2016, do antigo dono do clube Samambaia.
Após saber da ocupação, representantes da empresa verificaram que os moradores retiraram a cerca de proteção e começaram a construir as casas. Em pedido para que eles se retirassem do local, eles teriam negado.
“Os invasores, simplesmente, ocuparam o terreno como se deles fossem inclusive demarcando-o, entre as “barracas” que construíram”, diz trecho do pedido judicial.
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