A falta de um medicamento fornecido pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) coloca a vida de Mônica Alves Correa da Costa em risco em , no interior de MS. A mulher, de 41 anos, é portadora da Doença De Darier, um transtorno genético raro caracterizado pela presença de crostas escuras e pus na pele. Por causa da falta do medicamento, a mulher precisou ser internada às pressas.

Mônica nasceu com a doença e é medicada com o Neotigason desde os 6 anos de idade. A pílula é a única que controla os efeitos de descamação da pele no corpo. Por ser um remédio especial, a caixa é obtida somente através de decisão judicial.

De acordo com os familiares, no ano de 2006, a paciente foi contemplada com o parecer que garantia a medicação por tempo indeterminado. O medicamento foi retirado todo o mês, sem problemas, até abril deste ano, quando a família foi informada que a caixa estava em falta no Estado.

Após cinco meses esperando o Estado concluir a licitação do remédio, Mônica precisou ser internada às pressas, na última sexta-feira (31), no Hospital da Cassems de Paranaíba. O primo da paciente acusa negligência por parte da Secretaria de Saúde e garante que a mulher pode morrer a qualquer momento.

“Ela foi internada com febre e dores insuportáveis, a pele está caindo e ela está entre a vida e a morte. Essa situação se agrava pela falta total do medicamento porque se ela tivesse tomando a pele dela melhora 90%.”

A família ainda ressalta que entrou em contato com o fabricante dos comprimidos, mas foi informada que a distribuição é feita somente a partir de licitação pelo Sistema Único de Saúde, impossibilitando a compra avulsa.

A reportagem do Jornal MidiaMax recebeu com exclusividade fotos da paciente internada na Santa Casa, mas, por serem imagens fortes, não serão divulgadas.

Até quando?

Por meio de assessoria de imprensa, a SES limitou-se a dizer que “o fornecimento de medicamentos judicializados acontece somente por determinação judicial e individual. O medicamento está em processo de compra.”

Questionada sobre prazos, a Secretaria não quis se manifestar.