Quem utiliza o transporte coletivo em Campo Grande já pode se preparar para o reajuste anual da tarifa. Ainda não há data, mas é previsto no contrato com as empresas que possuem a operação do serviço na Capital e o prefeito Marcos Trad (PSD) também confirmou. Na manhã desta quarta-feira (7), ele reafirmou que “Não será acima da inflação, como tenho feito em minha gestão”. A inflação acumulada nos últimos 12 meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de 4,0%.

A tarifa do transporte coletivo, o famoso passe de ônibus, é composta pelos valores do diesel, salário dos motoristas, inflação anual e o índice sobre o custo da manutenção dos veículos. Todos os anos, a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) recebe uma sugestão de reajuste dos empresários e faz um estudo por conta própria para definir de quanto será o aumento. O martelo é batido pelo prefeito e o valor publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

Embora reajuste todos os anos o valor da tarifa, o Consórcio Guaicurus recebe a isenção do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Quaisquer Natureza), desde 2013. Mesmo com as empresas deixando de pagar cerca de R$ 10 milhões anualmente em impostos ao Município, os usuários queixam-se da qualidade do serviço oferecido.

Ao comentar a questão, o prefeito relembrou o ano de 2013, em que um movimento popular pelo valor da tarifa de ônibus começou em São Paulo e espalhou-se por todo o Brasil. Em Campo Grande, na época, houve redução do valor da tarifa, em contrapartida ao benefício que foi concedido às empresas.

“O problema é que nunca teve isenção de ISSQN. [Teve] Aquele movimento em São Paulo, por causa de centavos do transporte. Na época, aqui em Campo Grande o prefeito para não dar aumento, ele liberou o ISS. Agora, chegamos num ponto em que o ISS está atrelado ao aumento. Quem obrigar o Consorcio [Guaicurus]a recolher, ele vai repassar a vocês. Quem paga não é Prefeitura, é usuário”, afirmou o prefeito.