Ainda em greve. Centenas de caminhoneiros permanecem paralisados em diversos pontos de Mato Grosso do Sul e afirmam que não reconhecem o acordo anunciado pelo governo do presidente Michel Temer (MDB) com algumas entidades que representam a categoria.

A reportagem do Jornal Midiamax esteve na manhã desta segunda-feira (28) em ponto de concentração dos caminhões, na BR-262, e um grupo de caminhoneiros ouvidos afirmou que não se sente alcançado com os pontos do acordo firmado na noite de ontem, domingo (27).

O principal pedido dos caminhoneiros que aderiram à greve em Mato Grosso do Sul é a redução do ICMS sobre o óleo diesel, por parte do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), de 17% para 12%. Segundo eles, a ‘desmobilização’ só acontecerá se forem atendidos pela gestão tucana.

“A gente não imaginava que teria tanto apoio, e vamos continuar”, prometeu o caminhoneiro Renan Ferrari, que está parado desde o último dia 20 de maio.

A categoria alega que a proposta apresentada pelo governo federal não resultará em benefícios, que amarga perdas desde 2017.

Pautas e doações

Com diversas faixas com pedidos de intervenção militar, voto impresso e redução de impostos, os caminhoneiros destacam que querem a diminuição da alíquota do ICMS, e afirma que como houve muita adesão à greve, diversos grupos, alguns com ligações partidárias, aproveitam o espaço e o momento para apresentarem suas manifestações.

Os caminhoneiros visitados pela reportagem estão recebendo um grande volume de doações de alimentos, e estão inclusive distribuindo para outros pontos de paralisação. Uma cozinha comunitária chegou a ser montada no local, e não há previsão para o fim da greve.