Com 66 km de extensão, ciclistas pedem interligações entre a ciclovias em Campo Grande
Campo Grande tem 66 km de ciclovias, 12 km de ciclofaixas, 1,8 km de calçadas compartilhadas e é considerada uma cidade amigável para quem usa a bicicleta. Entretanto, a ligação entre uma ciclovia e outra é um pedido comum entre os ciclistas. Segundo a Agetran (Agência de Transporte e Trânsito), há um projeto da Prefeitura […]
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Campo Grande tem 66 km de ciclovias, 12 km de ciclofaixas, 1,8 km de calçadas compartilhadas e é considerada uma cidade amigável para quem usa a bicicleta. Entretanto, a ligação entre uma ciclovia e outra é um pedido comum entre os ciclistas.
Segundo a Agetran (Agência de Transporte e Trânsito), há um projeto da Prefeitura de Campo Grande para a interligação das ciclovias, que aguarda aprovação do Governo Federal. “Em questão de extensão, somos a segunda ou terceira cidade com mais ciclovias. Temos um projeto para que ligue todas as regiões”, adianta a chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanise Rotta.
Nilson Young, de 43 anos, pedala há mais de 20 anos e transformou a bicicleta em profissão. Bike courier, ele faz entregas ‘sustentáveis’ para empresas com o uso da bike. “Eu acho que Campo Grande é timidamente amiga da bicicleta. Temos várias ciclovias, elas não estão interligadas, mas já é um começo. Campo Grande é segura para os ciclistas”, afirma. Nilson diz que a Capital deve ter cada vez mais ciclovias para que surjam novos ciclistas. “A ciclovia gera demanda. A pessoa vê que é seguro e vai começar a pedalar”, diz.
Já para o estudante Bruno Mikael Pereira Alencar, de 24 anos, o trânsito de Campo Grande não é tão favorável para os ciclistas. “É complicado porque muitas ruas não têm espaço para nós. É difícil, atrapalha o trânsito, os carros nunca dão o espaçamento necessário, que é de um metro. A ciclovia é crucial no trânsito, os motoristas não têm paciência”. Bruno utiliza a bicicleta como forma de lazer e sonha com uma cidade com mais ciclofaixas.
Segundo Ivanise Rotta, o uso do capacete é essencial para os ciclistas. “Em qualquer lugar do mundo é uma concorrência desleal ele [ciclista] andar no meio dos carros. Muitos ciclistas vêm a óbito por pequenas quedas”.
Dados da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) apontam que os locais mais favoráveis para os ciclistas em Campo Grande são o Parque Linear do Córrego Lagoa (11,8 km de ciclovias), Complexo do Parque Linear dos córregos Imbirussu e Serradinho (8,4 km de ciclovias e 2 km de ciclofaixas), avenida Afonso Pena (10 km de ciclovias) e avenida Gury Marques (6,3 km de ciclovias).
O preconceito
Rotta explica que Campo Grande ainda tem preconceito com ciclista que utilizam a bicicleta para ir trabalhar e o perfil do ciclista campo-grandense é de quem utiliza a bike apenas para o lazer. “O mundo inteiro está nesta tendência de descer do carro, mas o Brasil ainda continua no transporte individual. Como o ciclismo ainda é tímido, a maioria ainda dá preferência para o carro”, diz.
O pedreiro Gerson dos Santos, de 57 anos, é uma exceção à regra. Para ele, a bicicleta é uma necessidade e uma companheira para enfrentar os mais de 15 km percorridos desde sua casa, no Jardim Tarumã, até os altos da avenida Afonso Pena, onde trabalha.
O pedreiro afirma que Campo Grande precisa de mais ciclovias, mas melhorou muito desde que começou a pedalar. “Eu uso a bicicleta faz 37 anos, acho que melhorou muito para o ciclista. Quando não tem ciclovia fica mais difícil, tem motorista que não respeita a gente, mas graças a deus nunca sofri acidente”, diz.
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