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Cotidiano

Cinco meses após reforma trabalhista, pouca gente sabe o que mudou

Reforma trabalhista entrou em vigor no dia 11 de novembro
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Por Aliny Mary Dias e Mylena Rocha

Em vigor há pouco mais de 5 meses, a ainda é assunto desconhecido por muita gente. Na Festa do Trabalhador, realizada na tarde desta terça-feira (1º), na Praça do Rádio Clube, encontrar quem soubesse dos impactos causados pela reforma foi missão quase impossível.

O Jornal Midiamax entrevistou cinco trabalhadores que participam da festa em comemoração a eles, e apenas uma pessoa sabia algumas mudanças impostas pela reforma polêmica, aprovado no ano passado e valendo desde o dia 11 de novembro.

O construtor Leo dos Santos, de 46 anos, está há 30 anos no setor da construção civil e afirma que a reforma, pelo menos para ele, foi um retrocesso. “Voltamos ao tempo de escravo, não temos mais liberdade”, disparou.

Leo explica que depois da reforma, o intervalo de almoço passou de 2 horas para 1 hora e que o intervalo de 15 minutos para lanche acabou. As férias também são um problema, além de não poderem ser programadas pelo trabalhador, foram parceladas. “Só vou poder pegar 10 dias dessa vez”, disse.

O desconto previdenciário também aumentou, antes Leo tinha 8% do salário encaminhado ao INSS, agora são 12%. “E agora quando temos problema com o patrão, o empregado que tem que resolver, não tem mais o sindicato como apoio”, explica.

Outros quatro trabalhadores ouvidos pela reportagem sequer sabiam das mudanças causadas pela reforma. Foi o caso da telefonista Tiana Veiga, de 42 anos. Ela conta que ouviu sobre a reforma nos jornais, mas não teve interesse em saber sobre o assunto. “Nada mudou na minha empresa”.

O discurso é o mesmo do auxiliar de produção Eduardo da Silva Araújok, de 25 anos. “Não sei muito bem o que é a reforma, ouvi muita crítica, mas na prática até agora não vi diferença”, diz.

A vendedora autônoma Roseline de Almeida, de 38 anos, também não teve interesse no assunto porque atualmente não é celetista. “Mas já ouvi falar sobre diminuição de férias e salário”.

Se o assunto não gera interesse para quem está trabalhando, quem busca emprego também prefere ficar alheio aos detalhes da reforma. Desempregado há cinco anos, Marcos Vinícius, de 33 anos, disse que não teve interesse no assunto.

Tem dúvidas sobre a reforma ou quer saber mais? Acesse este link

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