Após ficar afastado por questões de saúde, o desembargador Francisco Gerardo de Souza pediu aposentadoria nesta quarta-feira (15). O Tribunal Pleno aprovou a solicitação e o desembargador se despede da justiça, área em que atuou por 34 anos.

Francisco Gerardo de Sousa ingressou na magistratura ainda em 1984, mas logo foi promovido a juiz de Direito e passou a atuar em Porto Murtinho. Por merecimento, foi promovido a juiz na Vara Criminal de Corumbá, em 1987. Em 1991, foi promovido para atuar na 9ª Vara Criminal de Campo Grande e, em 1994, assumiu a titularidade da Vara de Execução Penal, onde se destacou pelo trabalho e efetivou-se em 2005. De agosto de 2010 a abril de 2012, Gerardo atuou como convocado no cargo de desembargador.

O presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Des. Divoncir Schreiner Maran, lembra do desembargador Francisco com estima. “Ele é lembrado por todos os lugares onde passou, com destaque para Corumbá, e deixou marcas indeléveis. Sempre é lembrado por seus feitos, mas sua maior marca foram os 19 anos em que atuou como juiz corregedor dos presídios de Campo Grande, função na qual passou a ser estimado pelos presos”, recorda o presidente.

Divoncir destacou ainda o tempo em que Francisco Gerardo presidiu a Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul). “Tive o prazer de ser convidado para o cargo de Diretor de Obras da Gestão do Des. Gerardo e os resultados ficaram para a história da entidade, com benfeitorias nas sedes de Campo Grande, de Coxim e de Dourados. Estamos falando de um exemplo de retidão a ser seguido por aqueles que pretendem se destacar com naturalidade, sem alarde, pois assim é este grande magistrado”, definiu.

O presidente da Amamsul, juiz Fernando Cury, ressaltou que a Associação, ao mesmo tempo em que lamenta a saída de um integrante dessa envergadura da magistratura, também o parabeniza pela trajetória, pela forma discreta e humana. O juiz Alexandre Antunes da Silva, da Vara da Justiça Militar Estadual da Capital, afirma que o desembargador dedicou a vida a ajudar as pessoas, principalmente os presos e familiares. “Jamais perdeu a serenidade e afetuosidade e será eternamente um ícone da magistratura, especialmente da Execução Penal”.

(com informações do TJMS)