Remendos somam 28km
Em 70 dias de tapa-buraco, a Prefeitura de Campo Grande afirma que 85.650 mil buracos foram tapados, o que corresponde a 30% dos 280 mil existentes nas ruas da Capital, nas contas da administração municipal. A cada 24h, conforme esses dados, são 1,2 mil buracos fechados. De acordo com as informações, foram investidos R$ 14,1 milhões.
Se fossem colocados em linha reta são 28km de remendos na malha viária. De acordo com o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, ainda restam 150 mil buracos, que enfileirados somariam 2.800 quilômetros de via.
Junto com o secretário de Obras do Estado, Marcelo Miglioli, Fiorese visitou alguns trechos críticos do pavimento e alertou que o investimento será de R$ 20 milhões, da Prefeitura em parceria com o Governo do Estado.
Fiores ressaltou que as constantes ocorrências de chuva atrasaram os serviços em 3 semanas, além de atenuar o surgimento de novos buracos. “Entraremos agora num período que vai chover menor. Assim, o serviço será executado de forma mais rápida, sem necessidade de interrupções frequentes. Da retomada da manutenção das ruas, em 2 de janeiro, até o último sábado, transcorreram 94 dias, sem considerar domingos e feriados, perdemos três semanas de serviço por causa da chuva”, explica Fiorese.
“A água é a maior inimiga do asfalto e no caso de Campo Grande, este problema é potencializado porque temos um pavimento antigo, algumas ruas foram asfaltadas há 30 dias, quando o tempo de vida útil do pavimento é de 10 anos”, disse o secretário.
Apesar de ser uma solução emergencial apenas, o serviço de tapa-buraco está sendo feito com todo rigor técnico para garantir a durabilidade, de acordo com Rudi. O ideal seria o recapeamento, mas or ser de alto custo é uma solução inviável, segundo o secretário. “Seria preciso R$ 2,5 bilhões, quase um orçamento inteiro da Prefeitura, para fazer todo o recapeamento que a cidade precisa”, afirmou.
“Este padrão será mantido e a manutenção do asfalto deve ser permanente para evitar que a cidade volte a situação caótica que encontramos em janeiro. Uma das providências é organizar o processo de licitação para as empresas que vão atuar a patir de 2018”, concluiu Rudi.