Por telefone: calma e técnica de bombeiro salvam bebê engasgada
Pai e mãe foram orientados por militar
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Pai e mãe foram orientados por militar
Uma ligação para o 193 em meio ao desespero. Um atendimento calmo e preciso. Uma vida salva. O bombeiro Guilherme das Neves Matos, de 25 anos, foi o responsável pelo salvamento de um bebê de 10 meses em Chapadão do Sul, a 325 quilômetros de Campo Grande, no dia 30 de março.
Ele conta que a mãe ligou por volta das 17h30 relatando que a criança não conseguia respirar e já estava ficando inchada e com a coloração mudando. “Nesses casos, a gente tenta passar calma e enquanto acionei a viatura ensinei uma manobra para aplicar na criança”, explica Guilherme.
De acordo com informações publicadas pela Agência Brasil, milho, feijão e amendoim são os grãos mais comumente aspirados na faixa etária pediátrica. Entretanto, o material mais relacionado a óbito imediato por asfixia é o sintético, como balões de borracha, estruturas esféricas, sólidas ou não, como bola de vidro e brinquedos.
Tais acidentes são observados principalmente nas crianças do sexo masculino, o que reflete uma natureza mais impulsiva e aventureira nos meninos. Mais de 50% das aspirações acontecem em crianças menores de 4 anos e mais de 94% antes dos sete anos. Crianças de até três anos não controlam a mastigação e a deglutição de alimentos, pois não possui os dentes molares, estrutura importante na trituração de alimentos sólidos.
O bombeiro conta que durante a ligação, o telefone foi passado para o pai da criança e ele não sabe precisar qual deles aplicou a técnica de tapotagem ensinada a eles. A manobra consiste em inclinar a criança para frente e bater nas costas com a mão em forma de concha. “Logo depois eles começaram a agradecer e disseram que a criança já estava respirando. Eles disseram que saiu algo parecido com papel das vias aéreas do bebê”, conta.
A viatura chegou à residência e constatou que a criança já estava bem. Ao voltarem para a sedo do Corpo de Bombeiros, os bombeiros que se deslocaram contaram a Guilherme que o atendimento dele foi essencial para salvar a vida do bebê. “Foi muito gratificante saber que mesmo por telefone pude manter a calma, colocar em prática o que aprendi nos treinamentos e salvar uma vida. Fiquei muito feliz”, afirma o bombeiro que tem 11 meses de corporação e já realizou um grande salvamento mesmo sem sair da unidade.
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