Estoques devem durar no máximo dois dias

No segundo dia de liberação da vacina contra a gripe, o campo-grandense enfrentam filas de até duas horas para receber a vacina, e os postos de saúde registram superlotação. Diferentemente dos dias anteriores, não há distribuição de senhas e as doses são aplicadas até ás 11 horas ou até o estoque acabar. A vacinação recomeça na parte da tarde, às 13 horas. 
  
Nesta terça-feira, as unidades não distribuíram senhas, então, o jeito foi esperar na fila. Dentro dos postos superlotados, e do lado de fora também. Para receber a vacina que é gratuita, vale até esperar na calçada embaixo do sol forte. “É importante abrir, porque senão ficaria sem tomar”, disse uma senhora que aguardava pacientemente a sua vez. 

No CRS (Centro Regional de Saúde) Tirantes, um dos mais procurados na região leste, a procura teve início por volta das seis horas, mas até quem chegou cedo teve que esperar. A autônoma Ângela Regina Bertuchi, 35, levou a filha de 10 anos e o sobrinho, de 13 anos por volta das 7 horas, mas só após as 9 horas o trio conseguiu ser atendido. 

No posto de saúde do bairro José Tavares, a aglomeração de pessoas começou ainda na madrugada, e às 6 horas cerca de 50 pessoas já estavam na porta da unidade. A imunização começou, no entanto, três horas depois, e gerou reclamação. “É um descaso com as pessoas que esperam em pé na fila”, desabafou um 

A vacinação em Campo Grande é feita nas 65 unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades básicas de saúde da família (UBSF) de 07h as 11h e de 13h as 17h. Oficialmente, a campanha nacional contra a Gripe termina na sexta-feira, dia 09. Por causa da corrida pela dose, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) estima que a rede só tenha autonomia para vacinar até quinta-feira, dia 8 de junho, ou na mais pessimista das avaliações, os estoques podem zerar amanhã, dia 7. 

Para receber a dose, eles devem apresentar o Cartão Nacional de Saúde (CNS) e/ou número prontuário da rede de saúde de Campo Grande (Hygia); documento pessoal e identificação; e, a caderneta de vacinação (caso tenha).
Mesmo com a abertura de vacinação para esta população a Sesau continua vacinando a o grupo de risco estabelecido pelo Ministério da Saúde: indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de cinco anos, as gestantes, as puérperas, os trabalhadores de saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade, os funcionários do sistema prisional e professores (público ou privado) do ensino básico, médio e superior.