MS tenta se adequar à Política de Resíduos, mas entulho ainda é problema
Descarte na Capital é caro e população não consegue pagar
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Descarte na Capital é caro e população não consegue pagar
Mato Grosso do Sul caminha na tentativa de se adequar à Política Nacional de Resíduos Sólidos – legislação nacional, de 2010 – e deve divulgar nos próximos dias o Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Mato Grosso do Sul. Campo Grande é a cidade que mais chega perto do que a lei exige, mas tem entre os desafios, os entulhos – lixo proveniente da construção civil – cuja destinação adequada ainda não abrange toda a população.
O motivo? O preço. O campo-grandense paga cerca de 91% a mais do que pagava para usar as caçambas de remoção de entulho. O preço cobrado pelos caçambeiros para dar aos materiais o devido descarte subiu, em média, de R$ 120 para R$ 230. O que alegam as empresas de caçamba é que o preço cobrado pelas empresas que recebem os materiais.
Muitos caçambeiros e também a população levam esse tipo de lixo para locais irregulares. Uma matéria do Jornal Midiamax mostrou 5 desses locais, que tornaram-se ‘cemitérios de entulho’.
César Algusto, 49, é advogado e acompanhava a construção da própria casa nesta sexta-feira (5), no bairro Santo Antonio. Na frente da construção, uma caçamba transbordava materiais. César também afirma que o preço cobrado é hoje quase impossível de pagar.
“Hoje está em torno de R$ 200, R$ 220, o que mais encareceu é a questão do descarte né, que é terceirizado e eu acredito que subfaturado. E me parece pelas informações das empresas que só tem um ou dois locais autorizados, é praticamente um monopólio. Como vai pagar? É um valor absurdo”, relatou.
Na mesma região onde vive César, na Rua Itatiaia, ao lado de outras construções de casas, uma pilha de entulhos se acumulava ao lado de casa. Questionados, os trabalhadores da obra explicaram “que depois as empresas levam na saída do Detran”. Seguindo pela mesma Rua, no entanto, um terreno abandonado virou mais um depósito de entulhos.
Plano Estadual
O Plano abrange todas as cidades do Estado e ainda está em fase consultiva. A sugestão, conforme explicou o governo do Estado, é implantar aterros sanitários em onze municípios polos: Amambai, Aquidauana, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina e Três Lagoas. Essas cidades serão os polos que devem receber os materiais de municípios no entorno.
Além dos aterros, os resíduos de construções e o chamado lixo orgânico, no entanto, deve representar um desafio adicional. Em Campo Grande são habilitadas para receber os entulhos a CG Ambiental e a Progemix.
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