Instituto americano vai investir R$ 2,2 milhões para prevenir tuberculose em presos de MS

Serão realizados 165 exames diários 

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Serão realizados 165 exames diários 

O NIH (National Institutes of Health) vai investir R$2,2 milhões na prevenção da tuberculose entre detentos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e da Penitenciária Estadual de Dourados. A pesquisa denominada ‘estratégia para controle da tuberculose nas prisões’ vai realizar 165 exames diários e o resultado sai mesmo dia.

De acordo com Julio Croda, infectologista da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e da Fundação Oswaldo Cruz, a ideia é que um caminhão e um container vá até as unidades penitenciárias. Nas unidades móveis os detentos terão acesso a exames de raio x, teste rápido, além de exames laboratoriais que detectam a dornça.

Júlio explica que os presídios foram escolhidos para que a pesquisa seja feita porque levantamento prévio realizado em Dourados apontou que 76% da transmissão da doença está relacionada a prisão, tanto entre os presos como com quem tem contato com eles.

O objetivo de controlar a doença com ações preventivas visa determinação da OMS (Organização Mundial da Saúde) que preconiza que até 2035 haja registro de apenas 10 casos de tuberculose para cada 100 mil habitantes.

“Não é um problema de saúde só da prisão, mas de toda a comunidade. Com os exames vamos desenvolver um ensaio clínico para prevenção da doença”, disseo especialista.

Jason Andrews, infectologista da universidade de Stanford, responsável por trazer o financiamento para o Estado, afirma que o Brasil foi escolhido pelo fato de ter  a maior população carcerária da América Latina, sendo a infecção por tuberculose 30 vezes maior na população carcerária, conforme ele.

Ao todo o estudo envolve 7 pesquisadores americanos e ingleses, além de 5 brasileiros.

O caminhão que será usado para transportar o container foi repassado pela Receita Federal e o container disponibilizado pelo Governo do Estado que investiu R$ 137 mil por meio de convênio.

Atualmente, a Penitenciária de Segurança Máxima da Capital tem cerca de 2.240 presos e a PED de Dourados em 2500.

 

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