Frigorífico é multado em meio milhão após vazamento que mandou 21 pessoas para hospital

A empresa responderá por poluição 

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A empresa responderá por poluição 

O frigorífico onde 21 funcionários precisaram ser socorridos após um grave vazamento de amônia foi multado em meio milhão de reais pela PMA (Polícia Militar Ambiental). O incidente desta quinta-feira (9) começou em razão ao rompimento de um dos canos de gás, localizado na desossa da unidade do Marfrig em Bataguassu, a 335 quilômetros de Campo Grande. Em 2012, 4 pessoas morreram depois de um acidente semelhante no local.  

Segundo PMA, após receberem denúncias sobre o caso, os militares da cidade foram até o estabelecimento e constataram o vazamento do gás que causou poluição atmosférica. Por conta disso, o frigorífico foi autuado administrativamente e multado em R$ 500 mil. A empresa poderá responder por crime ambiental, que prevê pena de seis meses a um ano de detenção.

Os 21 funcionários que inalaram o gás foram socorridos para Pronto Socorro Municipal em carros particulares, ambulâncias da própria empresa e por equipes do Corpo de Bombeiros. As vítimas ficaram em observação, mas foram liberados horas depois.

Os funcionários teriam informado que os alarmes de evacuação da unidade foram tocados em seguida ao vazamento e que todos saíram rapidamente do local, mas ainda assim alguns inalaram o gás e chegaram a desmaiar dentro da empresa. O Jornal Midiamax entrou em contato com a empresa Marfrig e foi informado que assim que houvesse um parecer sobre o incidente um posicionamento seria repassado.

Outros vazamentos

Em janeiro de 2012, quatro pessoas vieram a falecer após vazamento de gás Sulfídrico no curtume da unidade da Marfrig em Bataguassu, durante o descarregamento do ácido em um caminhão. O produto era usado para retirada de pelos do couro do gado. No total 22 funcionários foram envolvidos, mas quatro morreram na hora, três foram internados e os outros 15 receberam alta no dia seguinte ao incidente.

Um vazamento de amônia em uma das salas de resfriamento da unidade, em outubro de 2016, fez com que uma funcionária precisasse ser socorrida e encaminhada para o Pronto Socorro Municipal em uma ambulância do próprio frigorífico.

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