Em meio a reformas, Dia do Trabalhador tem clima de receio da perda de direitos
Trabalhadores avaliam cenário político
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Trabalhadores avaliam cenário político
O 1º de maio, Dia do Trabalho, e, também, Dia Internacional dos Trabalhadores, tem origem na luta por direitos de classe. Campo Grande simboliza o dia com a festa do trabalhador que ocorre todos os anos na Praça do Rádio. Este ano, no entanto, o tom de comemoração deu lugar ao de preocupação.
Trabalhadores estão apreensivos com as mudanças nos direitos garantidos, que serão alteradas pelas reformas do Executivo Nacional, atualmente em votação no Congresso, a exemplo da Reforma da Previdência, da Reforma Trabalhista e da aprovação da terceirização das atividades fim, já sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB).
Camila Madalena é jovem. Com 21 anos, ela começa agora um longo caminho como trabalhadora. Ela explicou ser favorável a uma reforma da Previdência, mas discorda do texto apresentado.
“O grande ponto que atrapalha não é a existência de um déficit ou rombo, mas sim a corrupção. Hoje há muitas informações confusas do que realmente acontece. Não me sinto segura, nem no meu emprego e nem para me aposentar”, comentou.
Já aposentado, o operador de máquinas Pedro de Andrade, 64, preocupa-se com o futuro dos mais jovens. Ele teme que o filho de 24 anos não consiga se aposentar. “Me aposentei com 60, minha aposentadoria é de dois salários mínimos. A proposta de reforma é absurda e temo que meu filho de 24 anos não consiga se aposentar. Se tudo está acontecendo, se existe esse déficit é culpa de uma administração incompetente”.
“Se o governo soubesse administrar não teria nada disso. Sou a favor de uma reforma se realmente for necessário, mas do jeito que está é absurdo. Até concordo com a idade de 65 anos, mas não pra todas as pessoas, porque tem profissões que tem mais esforço que outras”, pontua.
Trabalha desde os 12 e teme o futuro
Luiz de Almeida é mestre de obras. Ele tem 46 anos e trabalha desde os 12. O trabalhador explicou que já contribuiu com a Previdência há 20 anos. Para ele, a reforma trabalhista também ameaça os direitos conquistados, especialmente a prevalência do ‘negociado’ sobre o ‘legislado’.
“Não gostei da reforma, não concordei com vários pontos, o clima que predomina é de medo e nem sei quanto mais terei que trabalhar, nem quanto mais terei que contribuir e entreguei na mão de deus”, contou.
A corretora de 51 anos, Liliane Santos, também pensa nos filhos. “Como será amanhã pra eles, o futuro deles? Principalmente essa questão da reforma trabalhista, tenho dúvidas sobre as questões da reforma, mas sei que os pobres serão prejudicados. Espero que eu consiga me aposentar”.
“Infelizmente o povo brasileiro não luta pelo que realmente quer, e infelizmente só funciona o que eles em Brasília mandam. Estamos reféns da política”, complementou.
José dos Santos tem 47 anos e está desempregado há pouco mais de um ano. O ‘caos’ nos postos de emprego ele atribui ao governo federal.
“Se houvesse uma boa administração ao invés de tanto desvio de verba pública, eu e tantos outros brasileiros estaríamos em uma situação diferente”, enfatiza.
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