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Cotidiano

Com terreno em negociação de venda, demolição de casas começa em área invadida

Desocupação começou às 5h30 de hoje (1)
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Desocupação começou às 5h30 de hoje (1)

Por volta das 10h30, de hoje (1), as casas construídas na área invadida na avenida Guaicurus começaram a ser demolidas, por ordem judicial de reintegração de posse. As construções começaram a ser levantadas em junho deste ano, em um terreno particular. No local, a Polícia Militar também liberou o trânsito que estava interditado.

Segundo o advogado do proprietário do terreno, Antônio Rivaldo, o terreno de 62 mil metros quadrados está em processo de venda, por isso que a área precisa ser liberada ainda hoje. De acordo com Rivaldo, deve ser construído um supermercado no local.

O advogado explicou que a liminar para a reintegração de posse foi concedida em 21 de julho e os moradores notificados no dia seguinte, com prazo para desocuparem o terreno em 15 dias. Pouco tempo depois a liminar chegou a ser suspensa, mas foi reativada em agosto. “Todas as famílias estavam cientes, só estávamos esperando a autorização do Conselho de Conflitos para desocupar a área”, ressaltou Rivaldo.

Desde às 5h30, as famílias que ocupavam a área começaram a retirar pertences, móveis e até materiais de construção das casas, como portas, janelas, telhas.

 

 

A lavadeira Rosineide Maria Ricarte, 45 anos, há quatro meses começou a construir uma peça simples para morar. Com renda de R$ 150 semanal, ela não dava mais conta de bancar o aluguel e foi parar no espaço através de uma dos líderes da invasão. “Ele falou para eu vir pra cá que possivelmente conseguiríamos ficar, mas agora vou ter que deixar aqui e ir pra casa da minha patroa até conseguir outro lugar pra eu morar”, lamenta. Com a ajuda de um amigo, Rosineide colocou dentro de uma carroça o que conseguiu salvar de material da casa dela.

Com três filhos, a dona de casa Telma de Souza Matos, 35 anos, também deixou o local na manhã de hoje. Ela e o marido, de 37 anos, construíram aos poucos uma casa de alvenaria. “Ainda estou pagando a prestação dos materiais que compramos, agora só Deus sabe para aonde vamos, vou ter que colocar minhas coisas no canteiro e ficar aqui, já chorei tanto que estou anestesiada”, desabafa. Antes de ir para lá, a família morava nos fundos da casa de uma amiga.

Para o jardineiro Carlos Eduardo, 37 anos, a situação também é bastante delicada e preocupante. Ele morava na área invadida com a esposa de 21 anos e dois filhos, sendo um de 3 anos e o outro de 7 meses. Antes de ir para o espaço, ele morava de favor na casa da cunhada, para onde provavelmente deve voltar com a família. “O que eu ganho é muito relativo, porque nem sempre tem serviço, tem dia que dá bom, mas tem dia que não dá não”, desabafa.

Segundo o advogado Rivaldo, o ato judicial encerra hoje as 22h e a desocupação da área deve ser totalmente concluída até o final do dia. “A defensora que atendeu alguns moradores me pediu um prazo de duas horas, a partir do início da reintegração, para que as pessoas pudessem desocupar as casas antes de serem demolidas. E este prazo foi dado”, afirma.  

Até o final da manhã de hoje, o canteiro central da avenida Guaicurus estava ocupado por móveis e moradores que ainda estavam perdidos diante da situação e não sabiam para onde ir.

Segundo as famílias que moravam no terreno, no início da desocupação houve um conflito, com os policiais da Tropa de Choque, que usou bomba de efeito moral, após alguns invasores resistirem à ordem judicial.

Assista ao vídeo da demolição das casas.

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