Após ‘fantasmas’ e contratações, Omep e Seleta demitem 999 funcionários

Ao todo, 4,3 mil pessoas devem ser demitidas

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Ao todo, 4,3 mil pessoas devem ser demitidas

A Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar do Estado de Mato Grosso do Sul e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) demitiram 999 funcionários; só neste ano foram dispensados 557 trabalhadores e outros 442 tiveram seu desligamento entre dezembro e maio de 2016. Ao todo, 4,3 mil pessoas devem ser demitidas até o mês de junho deste ano. 

A presidente do Senalba (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional), Maria Joana Barreto Pereira, informou que somente em abril 225 funcionários deixaram seus postos de trabalho, e revelou que a maioria faz parte do setor administrativos.  

“Em 2017, desde janeiro, o sindicato realiza homologações referentes ao término convênio. Neste mês, foram desligados 75 trabalhadores da Omep e 150 da Seleta. O sindicato está acompanhando e até o momento as demissões ocorrem conforme a lei, com os devidos acertos trabalhistas”, explica a presidente. 

Segundo ela, o sindicato irá ingressar com ação contra as entidades pelo pagamento incompleto das rescisões. “Em torno de 60 profissionais demitidos não receberam a multa de demissão, apenas o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)”, contou.

A demissão em massa é consequência da operação Urutau do MPE-MS (Ministério Público do Estado), que descobriu diversas irregularidades em convênios mantidos pelo município de Campo Grande com as entidades. A operação apontou, inclusive, a existência de funcionários fantasmas e terceirizados que realizavam funções que deveriam ser atribuições de efetivos, além de salários discrepantes com a realidade. 

 

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