Fiscais retiraram as crianças por falta do cartão do passe

Leitores do jornal Midiamax enviaram mensagens denunciando que fiscais estariam tirando crianças a força dos ônibus por falta do cartão que garante a passagem gratuita. Familiares chegaram a impedir a saída de um coletivo no Jardim Noroeste, região leste de e reclamam que os cartões serão entregues somente no dia 21 de março. A Prefeitura de Campo Grande explica que o cronograma de entrega dos cartões é feito em relação ao cadastramento feito pelos pais.

Entretanto os pais temem pela segurança dos filhos que precisam ir a pé para a escola, principalmente por se tratar de um bairro que fica nas proximidades do Presídio de Segurança Máxima. “Eu moro e trabalho no Noroeste. Já vi muitas vezes presos saindo do presídio, sei que eles já pagaram suas penas, mas já vi alguns que  abordam as pessoas”, alerta uma mãe que não quis se identificar.

O imbróglio aconteceu porque as crianças que moram no Noroeste e a maioria delas estuda no bairro Maria Aparecida Pedrossian, tentaram tomar o ônibus e permanecer na parte da frente ou passar por baixo da catraca. Segundo os familiares das crianças, o motorista teria recriminado o ato e fiscais teriam retirado à força os estudantes do ônibus.

Durante o bloqueio ao ônibus, moradores disseram que no ônibus havia um fiscais e um segurança em cada porta para conter a entrada das crianças. Além da forma como as crianças estão sendo tratadas, os familiares dos estudantes reclamam da demora na entrega dos cartões.

A Prefeitura de Campo Grande foi consultada e informou que os estudantes precisam fazer um cadastramento para obterem o cartão do no ato da matrícula. Por exemplo, segundo o cronograma, a remessa para os cadastros encaminhados até 22 de dezembro foram encaminhados para a escola no dia 1º de fevereiro. Conforme a nota enviada, “a Agetran segue os prazos previstos junto ao Ministério Público”, que são de acordo com a tabela abaixo.

 

 

Após bloqueio por falta de passe, Prefeitura diz que segue cronograma

 

 

A Prefeitura, no entanto, não deu declaração quanto a abordagem dos fiscais e seguranças com as crianças.