Problema foi relatado em Miranda

Cerca de 200 ex-servidores da Prefeitura de Miranda – distante 203 quilômetros de Campo Grande -, exonerados no fim de dezembro de 2016, reclamam que não receberam valores referentes às rescisões contratuais. 

Segundo relatos, a informação da adminsitração municipal é de que não há dinheiro para efetuar os pagamentos, o que é contestado pelos ex-servidores. “A Prefeitura diz que não tem dinheiro, mas sabemos que isso não é verdade”, afirma. 

Itenízio José Leite de Brito, de 54 anos, também é professor e reclama da situação. “Fui exonerado em dezembro e não pagaram o nosso acerto. Trabalho desde 2001 e me tiraram sem me pagarem. Não recebi as rescisões dos contratos de 2015 e 2016. Informam uma data e quando chega o dia, mudam novamente. Vamos atrás do Ministério do Trabalho porque é um dinheiro que eu tenho para receber e quero que eles me paguem. 

De acordo com as informações, profissionais contratados pela atual gestão também estão com salário atrasado. “Os novos contratados também estão sem receber”, destaca outra servidora, que prefere não se identificar. 

A informação foi negada pelo procurador geral da Prefeitura de Miranda, Paulo Rateiro. “Eles estão com salário em dia. Ocorre que alguns professores foram contratados entre 13 e 20 de fevereiro, então, receberão até o dia 7 de abril”, assegura.

Quanto às rescisões, o procurador alega que o problema ocorre por conta de dívidas deixadas pela antiga gestão. “Débitos com rescisão e folha de pagamento deixados pela adminsitração passada é de R$ 2,5 milhões, já conseguimos pagar R$ 2,1 milhões”, observa. Rateiro afirma que os outros R$ 400 mil devem ser pagos até o fim de abril.