Tarde foi de limpeza e de contabilizar prejuízos, após estragos da chuva

Tarde foi de limpeza e de contabilizar prejuízos

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Tarde foi de limpeza e de contabilizar prejuízos

Na tarde desta quarta-feira (2) moradores e motoristas ainda enfrentavam o transtorno causado pela chuva, que atingiu Campo Grande durante a madrugada. Houve alagamentos em diversos lugares, casas foram inundadas, muros caíram e algumas vias da cidade tiveram o asfalto levada pela força da água. O dia foi de limpeza e contabilizar prejuízos para a população.

O córrego, na continuação da Avenida Interlagos, trecho próximo à rotatória da fábrica da Coca-Cola, transbordou e atingiu a casa da comerciante Maria de Brito Batista, 53 anos. Além da inundação, o muro do terreno atrás de sua residência, na Rua Marcos Rodrigues cedeu e atingiu o quarto onde ela dormia.

Ela conta que por pouco não houve uma tragédia. “Estava dormindo quando por volta das 3h30 acordei e vi a água entrando por debaixo das paredes. Fiz um oração e fui dormir na casa da minha filha, que mora ao lado. Depois de uns dez minutos escutei o barulhão, quando fui ver o muro inteiro do vizinho estava dentro do meu quarto”, explicou Maria.

Na casa funcionava o bar da comerciante. Ela estima que teve prejuízo de R$ 50 mil, porque além da toda a estrutura da casa, também perdeu móveis. “Perdi guarda-roupa, televisão de LED, cama, colchão e freezer. Só consegui salvar o fogão. Faz 30 anos que moro aqui e nunca tinha visto uma coisa dessas. O pior é que moro sozinha e tenho problemas de saúde como: pressão alta e labirintite, não sei como vou me reerguer”, mencionou.

A tubulação de água da casa estourou e a energia teve que ser desligada para evitar choque elétrico. Familiares da comerciante a ajudavam nesta tarde a fazer a limpeza do local.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estiveram pela manhã fazendo o monitoramento do local. Já a Prefeitura Municipal, segundo Maria, não deu um posicionamento sobre o fato. Ela vai ter que procurar o proprietário do terreno, onde o muro cedeu, para arrumar sua casa.

Próximo dali, o asfalto foi levado, na Rua Ramalho Ortigão. O frentista Israel de Souza, 35, que mora em frente ao local, disse que a água da chuva cobriu a calçada. “Á água levou os retalhos colocados recentemente pela equipe do tapa-buraco, ou o serviço foi bem mal feito, ou a água estava muito forte. O pior é que tenho carro e moto e estou trancado em casa porque não consigo sair, estou com medo do asfalto ceder”, destacou.

A dona de casa Luzimar Batistote, 55, que mora há 20 anos na região, colocpu a culpa do problema nas bocas de lobo entupidas. “Nunca que a prefeitura veio limpar estes boeiros, por isso acontece isso aí. Gostava mais da administração passada em que o prefeito procurava os moradores que tiveram problemas devido a chuva”, destacou.

O muro de dois condomínios também caíram na Avenida Nelly Martins, sentido Parque Sóter. O trecho neste sentido ainda está interditado porque há risco de novos desmoronamentos. No dia 27 de fevereiro de 2010, uma enchente derrubou o mesmo muro de um dos condomínios, o Portal Itayara. Na época, a reconstrução do muro, feita 4 meses depois da destruição foi orçada em R$ 150 mil.

O Midiamax procurou a administração do condomínio, nesta tarde, mas o síndico não se encontrava para dar mais detalhes sobre o fato. O muro cedeu e levou até mesmo a ciclovia da área de lazer.

Já o zelador Eleusterio Forales, do Condomínio Golden Gate, que também teve parte do muro danificado, disse que o seguro foi acionado para reparar os danos. Só depois da análise do seguro é que a administração irá decidir se aciona ou não a prefeitura pedindo ressarcimento do valor gasto com a reforma.

Quanto a segurança do local, o zelador informou que dois vigias se revezam para monitorar o trecho que ficou aberto devido a queda do muro. “Os poucos moradores que sabem do incidente estão sendo informados sobre as medidas que estão sendo tomadas para resolver o problema”, finalizou.

A comerciante Maria de Brito, que teve a casa inundada e invadida pelo muro do vizinho, pede ajuda para reconstruir o local e para a compra de móveis. Quem se interessar pode entrar em contato pelos telefones: (67) 9244-5767/ (67) 91950297.

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