Servidores querem reposição de 16,14% nos vencimentos

Depois de acordo de reajuste salarial ser desmentido pelo sub-tenente Thiago Monaco Marques, presidente da ABSS/MS (Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais oriundos do quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros), na última quinta-feira (31), os integrantes do Fórum Dialoga marcaram uma assembleia geral para esta terça-feira (3), onde será discutido o abono de R$ 200 oferecido pelo Governo e a reposição de 16,14% nos vencimentos. Os valores correspondem apenas as perdas inflacionárias e greve não está descartada.

Conforme Thiago Monaco Marques, que também é coordenador do Fórum Dialoga, caso a proposta do governo não seja aceita na assembleia, uma nova proposta deve ser elaborada, mas o aquartelamento não está descartado.

“Vamos votar o abono oferecido novamente em assembleia, mas também vamos elaborar alternativas para o problema. Caso o governo não se prontifique, o aquartelamento dos militares não está descartado”, afirma Thiago.

Na última quinta, o presidente da ABSS/MS esteve na Assembleia Legislativa pedindo apoio dos deputados estaduais quanto ao reajuste salarial dos servidores. Até o presente momento, o Governo do Estado não apresentou uma nova proposta.

“Nós não aceitamos R$ 200 de bônus. Nós queremos o reajuste que nos é de direito, até porque, estamos desde 2015 sem reajuste. O governo está tentando dividir as categorias e o movimento. Quero que o governador nos mostre quais as categorias que aceitaram esses ‘duzentão’, como andou dizendo”, afirmou.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a afirmar, durante agenda pública na manhã desta segunda-feira (2), que dificilmente o Estado enfrentará paralisações por parte dos servidores por causa do reajuste salarial anual.

“Continuamos dialogando, mas acho que a grande maioria já estão bem pactuados com o governo nesse entendimento entre o abono e melhoria da própria estrutura da carreira. Isso avançou bastante, se tem alguns setores com possibilidade de greve, vão ter que atentar para responsabilidade que cada categoria tem nos serviços essenciais, isso será exigido e cobrado pelo governo”, afirmou o tucano.

Além dos R$ 200 de abono linear oferecido a todas as categorias, o governo também propôs reestruturações em categorias específicas dos servidores, com reajustes escalonados e mudanças em algumas tabelas de PCC (Planos de Cargos e Carreiras).

A nova assembleia da categoria acontece amanhã, às 15h, na sede da ABSS/MS.

(Sob supervisão Marta Ferreira)