Projeto já reformou 5 escolas na Capital

O titular da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Barbosinha (PSB), revelou que vai solicitar ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para que o projeto que utiliza mão de obra de detentos na reforma de escolas seja estendido a outros prédios públicos, como delegacias.

“Com maior ou menos necessidades todas as delegacias precisam de algum reparo”, afirmou Barbosinha, que revelou que já conversou com o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa, sobre o projeto.

O idealizador do projeto, juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execuções Penais, também será procurado pelo secretário. “Se o preso pode reformar escolas, pode (fazer) em outros bens públicos. Vamos avançar nesse sentido”, disse Barbosinha.

Atualmente, cinco escolas da Capital já foram reformadas por reeducandos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira. Na última semana, uma unidade no Bairro Coophavilla foi reformada com recursos da ordem de R$ 149 mil, sendo que o dinheiro é proveniente do desconto de 10% do salário dos presos que estão trabalhando, via convênios com o poder público.

“Eles (detentos) recebem a cada três dias de trabalho, um dia de redução de pena e  ainda um salário mínimo pago como retribuição”, revelou o diretor da Agepen, durante a entrega da escola. Segundo Stroppa, de todos os presos de Mato Grosso do Sul, atualmente 38,7% estão trabalhando no sistema penitenciário com remuneração e a Agência tem convênio com quase 200 empresas.