Protesto contra terceirizada da Energisa deu até polícia

Leituristas prometem greve se empresa não atender reivindicações

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Leituristas prometem greve se empresa não atender reivindicações

Trabalhadores da Empresa Elcop, que é uma terceirizada da concessionária de energia elétrica Energisa, protestaram nesta segunda-feira (4), em frente a sede da empresa, que fica na rua Lótus, n. 56, bairro Bandeirantes. O movimento se deu devido à falta de pagamentos e perda de benefícios. Segundo o sindicato da categoria, a empresa que assumiu os trabalhos no início deste ano, não está cumprindo direitos trabalhistas e as condições dos trabalhadores foram rebaixadas com relação a empreiteira anterior. A manifestação foi interrompida com a chegada da polícia.

Vice-presidente do Sinergia/MS (Sindicato dos Eletricitários de Mato Grosso Sul), Élvio Vargas, diz que diversas situações estão irregulares. Segundo ele, a empresa, que emprega cerca de 40 leituristas, ainda não instalou o Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e não tem técnico de segurança. Além disso, não está pagando o descanso semanal remunerado (DSR).

Ainda conforme o sindicato, os trabalhadores não tem telefone funcional e menos ainda suporte no campo. O que faz com que corram risco, como serem mordidos por cachorro, ou em eventual discussão com cliente, não terem apoio.

Outros problemas são relativos à infraestrutura fornecida ao trabalhador. “Os equipamentos fornecidos estão em mal estado de conservação e a empresa forneceu apenas um uniforme aos trabalhadores. Como trabalhar assim?”, questiona.

Protesto contra terceirizada da Energisa deu até políciaAo reivindicarem esses e outros direitos, os trabalhadores foram interrompidos com a chegada da polícia. Segundo o secretário-geral do Sinergia/MS, Natanael Cavalheiro, a empresa chamou a polícia alegando que eles teriam invadido a empresa. “É até engraçado isso ai. Dizer que os trabalhadores invadiram a própria empresa que trabalha”, diz.

Entretanto, ele pontua que o sindicato conversou com os policiais que entenderam que a situação foi uma forma de cercear o manifesto e logo depois foram embora. “os policiais viram que não havia nada e foram embora”, diz.

A paralisação dura o dia todo, e segundo o sindicato, se negociações não forem abertas eles vão entrar em greve por tempo indeterminado.

A reportagem entrou em contato com a empresa Elcop, que informa que o gerente está em viagem e não há ninguém autorizado a conversar com a imprensa.

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