Crianças ganham um lar temporário 

                

A partir de segunda-feira (4), as inscrições para a seleção das Famílias Acolhedoras na Capital, estarão abertas. De acordo com a publicação da prefeitura no Diário Oficial, as inscrições serão realizadas entre os dias 4 e 29 de abril de 2016, no horário das 8 às 11 horas e das 13 horas às 17 horas, na Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania, Bloco 2, Diretoria de Proteção Especial, localizada na Rua dos Barbosas, n. 321, Bairro Amambai, – MS.

Para ser uma Família Acolhedora os interessados devem ter entre 21 e 60 anos, sem restrição de gênero e de estado civil. A diferença mínima entre as crianças e/ou adolescentes a serem acolhidos e o acolhedor é de 16 anos. Os interessados também devem morar em Campo Grande no mínimo há cinco anos, apresentar declaração de concordância de todos os membros da família em executar o serviço e pelo menos um dos integrantes da Família Acolhedora comprovar que trabalha.

 
Para isto, irão receber bolsa auxílio de um salário-mínimo por criança ou adolescente acolhido, até dois acolhidos, sendo que, a partir do terceiro acolhimento, a Família Acolhedora receberá meia bolsa auxílio. O pagamento da Bolsa Auxílio será realizado mensalmente.

A seleção será realizada pela Comissão previamente instituída para o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, e contará as etapas de Avaliação Documental, Avaliação Técnica (psicossocial) e a Validação do procedimento, quando será encaminhada a relação de Famílias Acolhedoras selecionadas, juntamente com a respectiva documentação para validação junto à Vara da Infância, Juventude e Idoso de Campo Grande.

Segundo a juíza Katy Braun do Prado, o acolhimento familiar traz benefícios para as crianças e adolescentes afastados das famílias biológicas. “Quando a Justiça, por uma razão muito grave, precisa tirar uma criança de sua família, atualmente, as instituições de acolhimento são a única opção em Campo Grande. Nestas instituições as crianças ficam em grupos de 20 ou de 10, e não recebem um atendimento individualizado, que seria muito mais favorável para o seu bom desenvolvimento emocional, principalmente na primeira idade. Com o serviço de acolhimento familiar, a criança vai ficar, temporariamente, em outro lar, recebendo os cuidados de outra família. Assim, estes cuidados serão exclusivos e individuais, tudo muito mais próximo daquilo que ela tinha antes, como referência. Então os traumas são bem menores e os prejuízos para a criança também”.

Campo Grande vem reforçar o número de cidades que já disponibilizam o serviço de Família Acolhedora, uma das formas de acolhimento previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, reconhecida pelos especialistas como a melhor forma de amparar crianças e adolescentes afastados, temporariamente, do convívio familiar por determinação judicial.

Em Mato Grosso do Sul, o serviço, incentivado pela Coordenadoria da Infância e da Juventude, já é uma realidade nas cidades de Laguna Carapã, Ribas do Rio Pardo, Alcinópolis, Sete Quedas, Paranhos, Mundo Novo e Camapuã.