Agressão não pode se tornar ‘coisa normal’ diz professor

Procurado pela reportagem do Jornal Midiamax para comentar o caso da professora campo-grandense agredida dentro da sala de aula por um aluno de 11 anos, o professor da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, aconselhou os docentes a denunciarem agressões.

“Independente da escola, quando acontece uma agressão, seja ela verbal ou física, o procedimento do professor é procurar a direção ou coordenação e fazer o registro disso”, explicou Lucílio.

Segundo ele, no caso noticiado pelo Jornal Midiamax e com enorme repercussão nas redes sociais, como a professora leciona em uma escola particular a representação da profissional cabe ao Sintrae (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Setor Privado de Mato Grosso do Sul). Na sede da entidade ninguém foi encontrado para comentar o assunto na tarde deste sábado (28).

Lucílio também explica que além da comunicação à direção, o professor também pode denunciar a agressão à autoridade policial, por meio do registro de um boletim de ocorrência.

A ACP não registrou, nos cinco primeiros meses de 2016, nenhum caso de agressão envolvendo professores nas escolas públicas do município. “Muitos não fazem boletim de ocorrência por conta da exposição”, pontua. A entidade oferece suporte jurídico ao professor filiado.

O presidente da ACP também chama atenção para os agressores, geralmente menores de 18 anos. “É preciso olhar para a criança, porque chegou às vias de fato? também cabe acompanhamento da família e se preciso uma intervenção” frisa. Nos casos comunicados à polícia, o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) entra em ação.

“É preciso tomar as providências cabíveis para isso (agressão em sala de aula) não virar uma coisa normal”, finaliza o presidente da ACP.