Policiais e bombeiros devem reduzir atendimento à população por 12 horas

Eles protestam pelo reajuste salarial

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Eles protestam pelo reajuste salarial

Na manhã desta segunda-feira (23), associações de policiais e bombeiros militares se reuniram para definir a paralisação de parte das atividades que ocorrerá na terça-feira (24). A partir das 8 horas, número reduzido de viaturas deve atender à população.

A reunião, que ocorreu no Clube dos Oficiais, teve presença de representantes da AOFMS (Associação dos Oficiais Militares de Mato Grosso do Sul); Associação de Oficiais do Corpo de Bombeiros; Associação Beneficente dos Subtenentes, Sargentos e Oficial, Oriundos do Quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros; Associação de Praças dos Bombeiros e da Polícia Militar e Associação de Cabos da Polícia Militar.

Conforme o coronel Alírio Villasanti, da AOFMS, a partir das 8 horas de terça-feira terá início o ‘Dia de Alerta’. Durante 12 horas, ou seja, até 20 horas, o atendimento à população ficará reduzido. A quantidade de viaturas policiais que atuarão nas ruas não passará de 10 e também das motos, o número não deve passar de 15.

O atendimento à população nos quartéis também ficará prejudicado. Registro de boletins de ocorrência de acidente de trânsito não serão feitos. Conforme os representantes das categorias, os militares deverão trabalhar e estarão em serviço, mas fazendo atividades internas, sem atendimento total à população, como ocorre normalmente.

Os bombeiros também vão aderir à paralisação. Eles reclamam, além da questão de reajuste salarial como os policiais, da falta de viaturas, problema que também atinge o quadro da PM. Segundo representantes, há apenas 3 viaturas de resgate em Campo Grande, quando o necessário para atender a Capital seria de 8 a 10 unidades.

No interior a situação piora. Apenas uma viatura de resgate de vítimas por cidade, portanto ser houver necessidade de conserto do veículo, os municípios ficam sem o resgate dos bombeiros. Segundo Alírio, a não ser pelas viaturas novas entregues pelo governo ao Batalhão de Choque, que são locadas, os veículos usados pelos militares estão sucateados.

Como exemplo há o Pelotão do Nova Lima. Segundo a polícia, a viatura Blazer já rodou mais de 300 mil quilômetros e sempre apresenta problemas mecânicos, sem condições de sair para rondas.

Paralisação

A decisão ocorreu por conta do não acordo com o Governo do Estado no que trata, entre outros assuntos, do reajuste salarial. Conforme divulgado pelos oficiais, a nova proposta salarial apresentada pelo governo foi rejeitada por unanimidade. Diante disso e das “diversas tentativas de melhorias nas negociações”, como trata a categoria, por meio de reuniões, assembleias, passeatas, manifestações, panfletagens, carreata, manifesto na frente da governadoria, que não teriam surtido qualquer avanço, os militares decidiram por paralisação.

Segundo os militares, o governo apresentou uma proposta e não deu brecha para negociações. Por fim, os oficiais decidiram que, a partir do fim da assembleia, os presidentes das entidades estão autorizados a negociarem somente com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

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