MPE se reuniu com representantes do hospital e Sesau

A paralisação das atividades do HU (Hospital Universitário) e a greve da maioria dos médicos do Hospital Regional Rosa Pedrossian causaram um aumento expressivo de demanda no Pronto Socorro da Santa Casa, sobrecarregando o hospital. A situação é complicada, e o próprio hospital alerta para o problema. Medidas para tentar resolver a situação foram tema de reunião entre o Ministério Público Estadual, Santa Casa e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Na tarde de terça-feira (10), a promotora de justiça Filomena Fluminhan, titular da Promotoria de Saúde Pública, se reuniu com o presidente da ABCG – Santa Casa, Esacheu Nascimento, e o secretário-adjunto de saúde de Campo Grande (Sesau), Victor Rocha, além de técnicos das duas instituições. Na ocasião algumas medidas foram discutidas para mitigar a sobrecarga da Santa Casa, único hospital atendendo plenamente pelo SUS, e para realinhar o fluxo na Rede de Saúde Pública.
 
A promotora elegeu algumas atitudes que devem ser tomadas emergencialmente, como a notificação de entes públicos que possam agir em favor dos serviços, e a Sesau sugeriu, entre outras medidas, que comunicará a comunidade para procurar as Upas e não se dirigir ao Pronto Socorro da Santa Casa, senão em casos referenciados e regulados pelo sistema.
 
O excesso de pacientes sobrepõe-se à capacidade instalada e gera atraso no atendimento, em especial, dos casos com classificação de gravidade inferior à amarela (baixa gravidade). Nestes casos o atendimento fica comprometido, pois casos mais graves têm preferência assegurada pelo protocolo de risco. O presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, expressou sua preocupação com pacientes esperando atendimento por tempo muito superior ao razoável.
 
“É preciso que se tome providências, pois não é possível se ficar “judiando” de mães por horas até que se atenda seu filho”, ponderou. Justificado na falta de insumos para o exercício da atividade médica, o Hospital Universitário oficiou às autoridades ligadas à saúde pública na terça-feira (3) que suspendia suas cirurgias eletivas e de emergência naquela data. No caso do HR a paralisia de serviços se deve à deflagração de greve dos médicos que suspenderam o atendimento sem retorno até o presente momento.