Operação foi deflagrada em junho desse ano

Um servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio) e outras 4 pessoas foram denunciados pelo MPF-MS (Ministério Público Federal em Ponta Porã) por fraudes em registros de indígenas no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de Amambaí. Foram atribuídos aos acusados 23 fatos criminosos. O prejuízo causado seria de mais de R$ 1 milhão.

Segundo o MPF-MS, investigações realizadas junto à Policia Federal e o Ministério do Trabalho e Previdência Social, a organização realizava registros falsos de crianças como supostos filhos de indígenas falecidos para receber a pensão. A prescrição do beneficio não corre contra os menores, por isso o grupo conseguiu posse de valores que retroagiam até a morte do indígena.O inquérito da PF (Policia Federal), um esquema logístico estruturado de transporte de indígenas para fazer falsos documentos pessoais e registros administrativos de nascimento junto à Funai, para serem usados em cartórios para dar credibilidade aos registro civis.

Caso a denúncia seja aceita pela justiça, os acusados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento público materialmente falso, estelionato contra a previdência social, corrupção passiva e promoção, constituição e integração de organização criminosa com a participação de servidor público. A ação corre em segredo de justiça.

Líder do esquema, servidor da Funai foi afastado de sua função e está preso preventivamente. 

Operação Uroboros

Em referência à serpente que é representada engolindo seu próprio rabo, a operação Uroboros foi deflagrada no dia 03 de junho de 2016 nos municípios de Amambaí e Iguatemi. A operação teve a participação de 80 policiais e foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 14 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de condução coercitiva.