O protesto começou com um ato ecumênico 

O manifesto em apoio ao juiz federal Sérgio Moro e à PF (Polícia Federal) na Avenida Afonso Pena teve trio elétrico, buzinaço e dispersão por causa da chuva na noite desta quinta-feira (23) em Campo Grande. No momento em que o manifesto estava em frente ao MPF (Ministério Público Federal), aproximadamente dez quadras eram tomadas por carros e pelos manifestantes.

O protesto começou com um ato ecumênico com o padre Paulo Roberto de Oliveira, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus. “Também não podemos esquecer daqui. Da operação Lama Asfáltica por exemplo” disse o padre.

Os manifestantes do movimento “Chega de Impostos” e “Avança Brasil” se reuniram em frente a igreja Perpétuo Socorro e foram em direção ao MPF (Ministério Público Federal).

O ato foi batizado como ‘Tchau Querida’ em menção ao telefonema interceptado entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff.  Mais de 150 veículos participaram da carreata.

Os carros estavam enfeitados com bandeiras do Brasil e os manifestantes caracterizados com camisetas, chapéus e aptos. Um leitor enviou um vídeo do início da carreata.

Transferência de investigação

O ministro Teori Zavascki do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou na noite desta terça-feira (22) que o juiz federal Sérgio Moro, envie para o STF as investigações da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com isso, as investigações sobre Lula saem da alçada de Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal. As apurações tratavam, por exemplo, da suspeita de que construtoras envolvidas em corrupção na Petrobras prestaram favores ao ex-presidente na reforma de um sítio em Atibaia (SP) e de um tríplex em Guarujá (SP).

A decisão não derruba decisão da última sexta (18), do ministro Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação de Lula para o cargo de ministro da Casa Civil. Mas inviabiliza outra ordem de Gilmar Mendes que, na mesma decisão, havia determinado que as investigações sobre Lula ficariam com Moro.

O ministro atende a um pedido do governo que apontou ilegalidade na divulgação, autorizada por Moro, de conversas telefônicas interceptadas por ordem judicial, entre Lula e a presidente Dilma Rousseff e ministros.