Magistratura lamenta morte do desembargador Josué de Oliveira

Desembargador atuou por 34 anos na magistratura de MS

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Desembargador atuou por 34 anos na magistratura de MS

Discreto e muito querido por servidores e magistrados, o desembargador Josué de Oliveira participou pela última vez de uma sessão do Tribunal Pleno no dia 21 de maio de 2014, dois dias antes de completar 70 anos. Naquela tarde, Josué deixou a magistratura após 34 anos de dedicação.

Foi com as palavras dele, usadas aquele dia, que os colegas o homenageiam hoje, no dia de sua partida: “os que passam deixam um pouco de si e levam um pouco de nós. Deixo grandes amizades, levando a alegria do trabalho realizado. Agradeço a todos que me auxiliaram nestes 34 anos de magistratura”.

Paulista de Pereira Barreto,Josué formou-se em Direito em 1975 e ingressou na magistratura de MS em 1980, na comarca de Maracaju. Dois anos depois, foi promovido para a Vara Criminal de Ponta Porã.

Foi removido por duas vezes: em 1983, para a 1ª Vara Cível de Ponta Porã e, em 1985, para a 2ª Vara Cível de Dourados. Dois anos mais tarde, foi promovido para a 3ª Vara Cível de Campo Grande, comarca de entrância especial. Em 1991, foi promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça. Exerceu o cargo de Corregedor-Geral de Justiça nos biênios 2001/2002 e 2009/2010.

Presidente do Tribunal de Justiça, o des. João Maria Lós falou em nome do Poder Judiciário e ressaltou que o falecimento de Josué é uma grande perda. “Magistrado brilhante, competente, distinto, honrou a magistratura do nosso Estado e deixa-nos de forma repentinamente e prematura. Grande perda para o judiciário, para os amigos e para a família. Lamentamos muito”. 

O juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira, presidente da AMAMSUL, é outro que gostava muito do des. Josué. Tinha-o como referência, por considerá-lo grande homem e magistrado de primeira grandeza. “Ele foi mais que corregedor: foi mestre, orientador, amigo – e tudo isso sem deixar de lado sua função originária. Foi um período muito marcante e ele nos transmitia segurança, com sua voz calma. Sem medo de errar, posso garantir que na minha turma, todos o admiravam”.

Para o decano do TJMS, des. Claudionor Miguel Abss Duarte, o passamento do desembargador Josué de Oliveira consterna a toda a família judiciária, pois ele deixou um legado inestimável. “Aprendemos a admirá-lo não somente pelas suas elevadas qualidades de magistrado probo e independente, mas sobretudo por sua conduta reta de amigo leal e cidadão de bem, cujos atributos não se esgotam nessa humilde homenagem. Foram muitos anos de convivência diária que nos marcou profundamente e da qual já sentíamos falta quando de sua aposentadoria. À sua honrada família, deixo meu abraço fraterno, com os sentimentos profundos de solidariedade, com a certeza de que Deus não lhe faltará nestes momentos difíceis.”

Conteúdos relacionados