Gestão da saúde pública em MS é falha, afirmam Conselhos Municipais
Representantes se reuniram nesta quinta-feira
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Representantes se reuniram nesta quinta-feira
A XI Plenária Estadual de Conselhos de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul reuniu representantes de conselhos municipais de várias regiões, que aproveitaram a ocasião para fazer criticas à gestão estadual em relação à saúde pública. O evento aconteceu nesta manhã na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), a partir das 8h e reuniu conselhos municipais de várias cidades do estado.
De acordo com a presidente do Conselho de Saúde da região de Dourados, que abrange 34 municípios, as verbas para saúde repassadas pelo governo estadual aos municípios são insuficientes. Segundo ela, os hospitais tem um deficit financeiro mensal de R$3 milhões.
Ela também critica a terceirização do Hospital Regional de Dourados, que passou a ser gerenciada pelas OS’s (Organizações Sociais). “O Hospital Regional está terceirizado e é um hospital fantasma. Quando o conselho foi fiscalizar, não conseguimos nem ver os pacientes lá”.
Depois do evento, os conselhos municipais de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá irão fazer um protesto na Afonso Pena onde irão denunciar a falta de leitos hospitalares para tratar pacientes com gripe A. Os manifestantes irão carregar cruzes e caixões, simbolizando as mortes por H1N1 que já fizeram
Evento é mantido mesmo após desentendimento com SES
O vice-presidente do CES (Conselho Estadual de Saúde), Ricardo Bueno, ressalta que mesmo com a divergência com o SES (Secretaria do Estado de Saúde) ficou decidido pela manutenção da plenária, sem a verba do Governo do Estado.
O Secretário Estadual de Saúde, Nelson Tavares, tinha entrado com um mandado de segurança para tentar garantir a presidência do Conselho Estadual de Saúde. Segundo a SES, o Conselho não teria cumprido o regimento que devia passar a presidência, por alternância, para o grupo gestor.
Segundo Ricardo Boeno, o secretário teria ainda enviado um ofício aos município informando que o evento não iria mais acontecer. “Só que esse tipo de comunicação não é feito pelo SES e sim pelo Conselho Estadual de Saúde. Com essa atitude, o secretário mexeu no formigueiro, porque tinha menos 100 pessoas confirmadas no evento e agora já tem mais de 130 pessoas participando”, diz.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sebastião Júnior, também critica a atitude. “O secretário não pode ‘engessar’ um direito constitucional que é a formação do conselho estadual de saúde”.
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