Favela no Noroeste: famílias prometem resistir a ordem de reintegração
Eles reclamam de demora no programa de habitação
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Eles reclamam de demora no programa de habitação
Um processo de reintegração de posse, que teria sido movido pela Energisa, concessionária de energia de Mato Grosso do Sul, causou furor entre moradores do bairro Noroeste, que invadiram parte de uma área da Prefeitura de Campo Grande.
Conforme moradores, eles foram acordados com um oficial de Justiça avisando que eles deveriam sair da área o quanto antes, pois será cumprido o mandado de reintegração de posse. O fato teria ocorrido por volta das 8 horas desta quinta-feira (5).
O morador Mauro Burema, de 42 anos, diz que o oficial não deixou nenhum documento com os moradores, apenas informou o número do processo e não disse quando deveriam sair. “Afirmou apenas que deveria ser o quanto antes”, diz Mauro.
Segundo ele, cerca de 650 famílias serão prejudicadas com o cumprimento da ação. “Aqui tem muitos idosos, muitas gestantes, muitas crianças e disseram que tem que desocupar sem dar alternativa às famílias. Não sabemos o que fazer”, critica.
Os moradores disseram que vão protestar e ameaçam fechar a BR-163 para serem ouvidos. “Vamos fechar a rodovia, quase em frente a Avenida Marechal Malete, que dá acesso ao bairro. Precisamos nos fazer ouvir”, diz.
Da mesma opinião, a moradora Evelin Molina, de 36 anos, diz que a região está esquecida pelo poder publico e só lhes restam o protesto para que possam ser vistos. “A forma que temos de fazer com prestem atenção em nós”, reverbera.
Nesta tarde, os moradores vão se reunir, a partir das 13 horas e definir como vai ser o protesto.
Cadastro na Ehma
O marador Ramiro da Rosa, de 28 anos, que mora com a esposa de 23 anos, e três filhos, de 8, 6 e 2 anos, disse ter cadastro na agência de habitação há anos e nunca foi sorteado. “Se o poder público resolver o problema das famílias, resolve o problema deles. Aqui muita gente tem cadastro na Ehma (Agência Municipal de Habitação) e nunca foi sorteado”, critica.
A situação é a mesma para Luciene Maria Barra, de 29 anos, que mora no local com o esposo, de 43 e um filho, de 9 meses. “Não é justo o que estão fazendo com a gente. Só falam em despejo, mas ninguém resolve a nossa situação. Tenho cadastro na Ehma, há mais de quatro anos”, lamenta.
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