Depoentes afirmam que valor de venda do combustível é igual na Capital e interior

Margem de até R$ 0,20 de diferença

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Margem de até R$ 0,20 de diferença

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Combustíveis ouviu nesta terça-feira (17/5), o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edemir Jardim e o diretor comercial da TAG Distribuidora, empresário Luís Ricardo Coutinho.

Em seu depoimento o diretor comercial, Luís Ricardo Coutinho declarou que o preço do combustível é bom. “Não sei qual o motivo maior da CPI, mas se houvesse produto caro na bomba até entenderia, mas temos um preço muito bom. Campo Grande está tendo uma concorrência grande, com uma margem de até R$ 0,20 de diferença um posto do outro”, afirmou Luís.

O empresário falou ainda que em média a TAG Distribuidora atende de 4 a 5% do mercado do Estado e que a margem de lucro que pratica hoje é de dois centavos médio por litro de combustível vendido.

 “A única diferença além do frente é o poder de barganha em relação ao pagamento ou ao volume adquirido”, respondeu o empresário quando questionado se existe diferença de preço na venda seja para um posto da capital ou do interior. Já quando questionado se tem conhecimento se outras distribuidoras praticam valores diferentes na venda seja para o interior ou para Campo Grande declarou não ter conhecimento.

Ao final do depoimento o deputado Beto Pereira (PSDB), que é o presidente da Comissão solicitou que a TAG Distribuidora encaminhe para a CPI o documento fiscal com o valor que a distribuidora paga para a refinaria.

Já o segundo depoimento da tarde foi do presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edemir Jardim. O presidente do sindicato demonstrou estar muito preocupado. “Minha preocupação é com o valor que alguns postos praticam que é um valor muito abaixo do mercado. O interior está trabalhando com a margem de 16% bruto, o que é ideal, na questão da margem do lucro. O preço aqui em Campo Grande está abaixo do que deveria ser na questão da margem de lucro”, alertou Edemir.

Contou também que os postos de combustíveis estão agregando serviços, porque se for viver só dos combustíveis o empresário não consegue sobreviver. “As reclamações são diárias no sindicato em relação aos valores da venda do combustível, mas o Sinpetro não pode fazer nada. Nós não fizemos auditoria e nem fiscalização. Nossa função é ver se o revendedor está trabalhando de acordo com as normas, o Sinpetro não interfere no valor”, complementou Edemir.

Quando questionado ao que atribui o comércio desleal aqui no Estado, respondeu que atribui a inconseqüência. “A distribuidora tem um papel fundamental na precificação. A distribuidora tem margem para mexer neste cálculo. Eu acredito que realmente é falta de consciência de quem está entrando que está pensando em levar vantagem em tudo. Eu atribuo essa pratica predatória a inconsequência daqueles que querem dominar o mercado quebrando o concorrente”, explicou.

Declarou ainda que o preço na venda do combustível pela revendedora é igual para capital e interior, “esse é o meu conhecimento”, afirmou o presidente. E acrescentou “a diferença é como a distribuidora negocia, se o revendedor precisa fazer uma modificação no posto, a revendedora vai bonificar neste sentido”, falou Edemir.

CPI – O objetivo é investigar possíveis irregularidades nos preços praticados na distribuição e na comercialização de combustíveis em Mato Grosso do Sul. Integram ainda a Comissão os deputados João Grandão (PT) como vice-presidente, Maurício Picarelli (PSDB) como relator. Também são membros titulares os deputados Angelo Guerreiro (PSDB) e Coronel David (PSC). A previsão é de que os trabalhos da CPI sejam concluídos até o mês de junho de 2016.

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