Hospital diz que não há previsão de pagamento
Mais uma vez o atraso no repasse da Prefeitura para a Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande é motivo de protesto entre os funcionários. De acordo com os relatos, até o fim da manhã desta quinta-feira (8), o pagamento dos profissionais não foi efetuado. A assessoria de comunicação do hospital confirma a informação e diz que não há previsão para que a situação seja normalizada.
Presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, afirma que amanhã a categoria vai paralisar as atividades.
“É o mesmo problema de sempre. A Prefeitura não faz o repasse e os trabalhadores ficam sem receber. Conversamos com os trabalhadores e eles vão interromper os trabalhos. Vamos trabalhar apenas com o mínimo que a lei exige”, pontua.
De acordo com as informações, atualmente Santa Casa conta com aproximadamente 1.300 profissionais de enfermagem, entre técnicos, que recebem em média R$ 1.247,00 e enfermeiros, que ganham R$ 3.330,00. A mobilização começa por volta das 6h30 de amanhã. Os trabalhadores devem se reunir na frente do hospital.
Os atrasos são recorrentes. A Santa Casa recebe em média R$ 23 milhões mensais oriundos de convênios e atendimentos particulares. Só a folha de pagamento dos 3.700 funcionários gira em torno de R$ 13 milhões. O saldo devedor mensal das despesas é de R$ 7 milhões, segundo a direção.
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou falar com o responsável pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Ivandro Corrêa Fonseca, mas as ligações não foram atendidas.
O titular da Sepanflic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle), Disney de Souza Fernandes, justifica que de acordo com o cronograma do Município o repasse deve ser feito até o dia 15 de cada mês.
