Demora da prefeitura em limpar e desrespeito de foliões geram queixas

Mesmo depois de mais de 5 horas do encerramento das atividades no Cordão da Valu, o local de concentração dos blocos, na Rua General Melo, na esplanada ferroviária, em Campo Grande, continuava com o acumulo de sujeira. Apenas os banheiros químicos estavam passando por manutenção, enquanto a rua estava tomada por copos, garrafas de bebida, latinhas de cerveja e todo tipo de sujeira.

Para os moradores da Rua Dr. Ferreira, que fica ao lado do ponto de concentração, o dia é de reclamação. A aposentada Ana Maria, de 70 anos, disse que o desrespeito dos homens é o que mais chamou a atenção. “Eles não se importavam se havia gente na frente das casas e urinavam ali mesmo. Todo ano é esta situação e a falta de respeito é enorme”, afirmou a moradora,  que acordou cedo neste domingo (7) para varrer e jogar água em sua calçada para limpar e tirar o cheiro forte.

Praticamente ao lado, o maquinista aposentado Donizete de Oliveira repetia a reclamação, mas fez questão de ressaltar que a segurança estava boa. “Não faltaram homens da Polícia Militar e Guarda Municipal. Estavam em grande número e não tivemos violência, mas esta questão do pessoal urinar em gente a nossa casa foi lamentável, isto sem contar as cenas de sexo explícito que fomos obrigados e acompanhar”, afirmou indignado.

Já a dona de casa Lurdes Barros, de 44 anos, afirma que gosta da agitação. A única ressalva que faz é quanto a falta de lixeiras. “A Prefeitura peca em não distribuir lixeiras aqui na rua. Certamente a sujeira seria bem menor”, disse.

Há também aqueles que aproveitam para reforçar o orçamento. É o caso do catador de recicláveis Aparecido Pereira do Carmo, de 44 anos que em companhia da esposa estava catando latinhas. “Tenho que aproveitar essas oportunidades para melhorar o faturamento. Aqui tem muita coisa que dá aproveitar então venho aqui para reforçar o faturamento”, afirmou animado.