Após falta de vacina em Dia D, postos recebem doses nesta tarde de segunda

Quem não se vacinou pode procurar UBS e UBSF a partir da tarde desta segunda-feira

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Quem não se vacinou pode procurar UBS e UBSF a partir da tarde desta segunda-feira

O lançamento da 18ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (H2N3, Influenza A (H1N1) e B), em Campo Grande, foi permeado de imprevistos. De falta de agulha, a vacinas, a população precisou enfrentar filas e muitos acabaram voltando para casa sem se imunizar.

O Jornal Midiamax recebeu diversas reclamações pelo WhatsApp de pessoas que tentaram se vacinar e não conseguiram. O supermercado Comper Jardim dos Estados, Pátio Central, UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Carvalho, UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) Nova Esperança, UBS 26 de Agosto e CRS (Centro Regional de Saúde) Aero Rancho ficaram sem agulhas e tiveram que paralisar, temporariamente, a vacinação, até que o material fosse reposto.

Em outros postos faltaram doses de vacinas. Situação que não houve solução, o que ocasionou no fechamento mais cedo dos postos que passaram por este problema.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), as adversidades enfrentadas no sábado se deveram à procura elevada de pessoas para se vacinarem. Fato que eles não estavam preparados para enfrentar. “A procura foi além da expectativa. Acreditamos que muitos procuram se vacinar já no primeiro dia em função de mortes relatadas em São Paulo. As pessoas se assustaram e procuraram vacinar logo”, diz.

Para a Sesau, a mudança de temperatura na semana do Dia D foi outro fator que levou as pessoas já no sábado para se vacinar, apesar de a campanha seguir até 12 de maio. “A média histórica é de 80% das pessoas imunizadas até o fim da campanha. Foi atípico em relação aos demais Dia D”, esclarece.

A Sesau ainda explica que tentou pegar novas doses com a SES, mas não havia plantonistas na data para liberar as doses.

Após falta de vacina em Dia D, postos recebem doses nesta tarde de segundaJá a SES (Secretaria Estadual de Saúde) explica que todos os municípios receberam as doses conforme o que foi decidido em reunião com os todos os gestores responsáveis pela imunização, e foi mostrado a eles que o Ministério da Saúde encaminharia o quantitativo de doses fracionados, um pouco para o Dia D, e o restante ao longo da campanha. “Liberamos os 50% do total previsto pelo Ministério da Saúde, conforme acordado em reuniões entre os dias 16 e 20 do mês passado. Os municípios sabiam que iriam receber o restante ao longo da campanha. Dia 6 recebe o próximo lote (30%), e o restante ao longo da campanha”, diz a assessoria da SES.

A SES enfatiza que coube a cada município organizar o Dia D e que nada data foram liberadas 86 mil doses de vacinas. Nesta segunda-feira (2) foram liberadas mais 30 mil doses, e o restante das 186 mil vacinas pedidas pela Sesau vão ser liberadas ao longo da campanha.

Quem procurou os postos nesta manhã, reclama que a situação ainda não e regularizou. Fátima Manetti, 57 anos, professora, foi levar o pai de 80 anos que faz hemodiálise e fez a última sessão no sábado e por isso não pode tomar a dose. Nesta segunda-feira (2), ela não encontrou postos com vacinas. “Fizeram uma campanha enorme, mas não conseguiram cumprir. No sábado as 11 horas na Praça Ari Coelho, já tinha. Isso é uma vergonha. Se não têm condições, não deveriam se propor a fazer nada”, critica.

Onde vacinar?

A partir desta segunda-feira (2), de acordo com a Sesau, quem tiver 60 anos ou mais, ou for criança na faixa etária de seis meses a menores de até 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestante, puérpera (mulheres até 45 dias após o parto), podem procurar os postos de unidade básica de saúde (UBS), ou postos de unidade básica de saúde família (UBSF) para se vacinar.

De acordo com a Sesau, os postos vão receber a doses ao longo desta manhã, então à tarde a situação estará normalizada. CRS (Centros Regionais de Saúde) e UPAs (Unidades de pronto Atendimentos) não fazem vacinação.

Trabalhadores de saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional, profissionais de saúde também têm direito a se vacinar.

Quem não faz parte desses grupos e quiser se vacinar, precisa procurar uma clínica particular para a imunização.

Veja aqui o posto mais perto da sua casa.

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