Após demolição, moradores da Cidade de Deus vivem em clima de incerteza
Guarda Municipal montou acampamento na entrada da favela
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Guarda Municipal montou acampamento na entrada da favela
Após a demolição de barracos da Cidade de Deus, na última sexta-feira (4), moradores da favela estão apreensivos com a notícia de que terão que abandonar o local a qualquer momento. Segundo eles, uma equipe da Prefeitura, juntamente com a Guarda Municial, derrubou os barracos que estavam vazios e apenas avisou que voltaria para retirada das construções habitadas.
Um acampamento da Guarda Municipal também foi montado bem na entrada da favela, porém os moradores dizem que não foram informados do motivo. “Durmo com a sensação de que vou acordar com um trator derrubando minha casa”, afirmou Cintia Cristina, de 26 anos.
A moradora Patricia Guaracay Ferreira,de 23 anos, informou que mora no local há 3 anos e que não tem pra onde ir. “Eu precisaria de mais tempo para sair daqui. Preciso saber para onde seremos levados. Não tenho como carregar lona e madeira nas costas e fazer um barraco onde indicarem. Simplesmente me disseram para deixar as minhas coisas arrumadas, que terei que sair daqui”, disse.
Já Mirian Vilalba, de 22 anos, contratada pela própria prefeitura para trabalhar nas ações de combate à dengue, disse que vive em clima de incerteza e que está assustada com o que está acontecendo. “Tenho um cadastro junto à Prefeitura que confirma que não tenho condições nenhuma de sair daqui. Fizeram um recadastramento nesta sexta-feira, pintando número nos barracos com cores diferentes. Parece uma espécie de código, mas não nos informaram nada. Estamos na expectativa.
A moradora Cintia disse ainda, que os moradores estão sem atendendimento médico. “Éramos atendidos no posto de sauúde do Bairro Parque do Sol, mas agora os funcionários afirmam que não tem como nos atender, pois não temos CEP”.
De acordo com os entrevistados, a demolição da última sexta-feira (4) foi feita por equipes da EMHA (Agência Municipal de Habitação). Segundo a Prefeitura, a transferência dessas famílias foi pensada em dar melhor qualidade de vida para essa comunidade. As famílias passaram por um cadastramento e foi verificado qual seria o melhor local para que elas fossem transferidas. Os locais onde os moradores da comunidade ficaram tem toda a infraestrutura necessária para atendê-los. Drenagem, água e energia, além de ficar próximos de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Ceinf (Centro Educação Infantil) e com acesso a transporte coletivo.
Ainda segundo a Prefeitura, as famílias ainda terão ajuda para fazer a mudança com caminhões e vans. Elas terão crédito no Banco Canindé para poder comprar materiais de construção para poder construir suas novas casas agora de alvenaria. Além dessa ajuda a prefeitura ainda vai subsidiar os terrenos que será divido o valor entre o morador e a prefeitura. O morador poderá pagar esse terreno em pequenas prestações ao longo dos anos.
A transferência de pelo menos 450 famílias que moram na comunidade Cidade de Deus esta marcada para esta segunda-feira (7).
Notícias mais lidas agora
- Empresário morre ao ser atingido por máquina em obra de indústria em MS
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
Últimas Notícias
Deputado quer estudo para manutenção de placas indicativas da MS-156
Indicação foi lida na Alems, pelo deputado Lídio Lopes (Patriota)
Dois petroleiros russos derramam óleo no Estreito de Kerch após tempestade
Autoridades disseram que um membro da tripulação morreu
Homem é enganado, cai em golpe e acaba perdendo R$ 1 mil no Jardim Campo Nobre
Autor disse que a chave PIX era “muito difícil de digitar” e fez uma transferência muito acima do valor combinado com a vítima
Queda de Assad na Síria cortou linha de suprimentos essencial do Irã, diz Hezbollah
O Hezbollah perdeu sua rota de suprimento mais importante do Irã através da Síria, disse o chefe da milícia libanesa, Naim Qassem. Esta é a primeira vez que o grupo militante reconheceu publicamente como a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria prejudicou a capacidade do grupo de se rearmar, após uma dura campanha…
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.