Categoria rejeitou a proposta de reajuste de 9,57%

A ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), confirmou junto aos professores, na tarde desta terça-feira (19),  que enviará ao Executivo um ‘dossiê’ explicando todas as tentativas de negociações e como desejam acordar o reajuste salarial anual de 11,36% referente a 2016 e 13,01% referente a 2015 (50% em maio e 50% em outubro). As informações já havia sido deliberadas em assembleias, mas o prefeito Alcides Bernal (PP) pediu novamente, antes de enviar uma contraproposta.

A categoria rejeitou a proposta do Executivo de 9,57%, escalonado em 3,57% para 1º de maio e 6% para dezembro. O problema é que como 2016 se trata de ano eleitoral, o Executivo não pode conceder reajuste maior que a inflação do ano vigente.

O presidente da ACP, Lucílio Souza Nobre, ressalta que o prefeito deu reajustes diferenciados para cada categoria ‘jogando uma contra a outra’.  “O sindicato tem legitimidade para construir a política salarial dos professores. O prefeito não pode vir e dar o aumento que ele bem entender. Temos que estar focados n o cumprimento da Lei.”, finalizou Lucílio.  

O prefeito alega a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Eleitoral, mas a categoria possui uma lei federal, que em janeiro corrigiu o piso nacional de 11,36%. O magistério está a um ano e meio em negociação com a Prefeitura, sem nenhuma correção do piso e nem o cumprimento da lei 5.411.

Protocolado o documento, Lucílio explica que o Sindicato aguardará uma nova proposta da Prefeitura que deve ser apresentada até o dia 25 de abril, um dia antes da assembleia geral. “Se a proposta contemplar a categoria será votada em assembleia no dia 26 de abril, caso contrário os profissionais da educação entrarão em greve”, ressalta o professor.

Durante entrega de uniformes a projetos sociais, no Armazem Cultural, na tarde desta terça, Bernal garantiu que está aberto a diálogos. “Estou aguardando um parecer da Procuradoria do Município e dependendo da resposta, vamos fazer um encaminhamento dentro do que que a Lei permite. O que for legal e beneficiar nossos servidres, vou fazer”, disse o prefeito.

(Sob supervisão Marta Ferreira)