Gerente de UPA diz que escala de médicos é completa

Pacientes que procuram a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, região oeste de Campo Grande, têm enfrentado problema de longa espera para o atendimento. O pintor industrial, de 27 anos, Robson Talgati, há três dias tenta uma consulta, mas não consegue ser atendido.

“Fiz exames na sexta-feira (17), e desde segunda volto no posto à procura de atendimento e não consigo”, explica Robson. Segundo o pintor nesta quarta-feira (22) chegou ao posto de saúde às 18h30 da noite e saiu sem atendimento às 3h30 da madrugada.

“É um grande descaso porque pagamos imposto e não tem um serviço que presta. Apenas um médico atendendo muita gente”, fala Robson. Ainda de acordo com o pintor já houve brigas na unidade de saúde, por causa, do número reduzido de médicos no turno da noite para atendimento. “Eles (médicos) ficam conversando, no celular e não atendem os pacientes”, ressalta.

Vanderleia Arguelho, de 29 anos, também esperou por horas para conseguir atendimento para a filha, de 13 anos. “Falta de respeito com a gente. Somos trabalhadores e não temos culpa do que está acontecendo”, diz.

De acordo com a atendente depois de seis horas de espera, a filha foi atendida às 2h40 da madrugada desta quinta-feira (23). “Tinham quatro médicos, e três foram embora à meia-noite sem atender quem estava esperando”, ressalta.

Em contato com a direção da unidade de saúde foi informado de que na escala noturna cinco médicos atendem a população, sendo um médico na classificação vermelha, e os outros quatro na clínica. Ainda segundo informações a escala é de 12 horas, e nenhum médico vai embora antes do fim do plantão. A direção negou que os médicos fiquem conversando, em celulares e deixam de atender os pacientes.