Solurb diz que quer cumprir ordem judicial e culpa greve por não retomar coleta

Empresa ainda não recorreu da decisão

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Empresa ainda não recorreu da decisão

A Solurb CG, empresa responsável pela coleta e tratamento de lixo em Campo Grande, informou que ‘está tentando’ cumprir a ordem judicial de retomar a coleta imediatamente, mas diz que os funcionários se recusam a voltar ao trabalho sem receber o salário relativo ao mês de agosto, que está atrasado.

Conforme o advogado da empresa, Arnaldo Puccini, os administradores estariam tentando organizar equipes para a coleta do lixo desde o início da manhã, mas sem sucesso. “Nós vamos tentar cumprir com a liminar, mas os funcionários não querem voltar sem antes receber e nós não temos dinheiro para pagar”, explica.

Ainda segundo Puccini, a Solurb não recorreu da decisão, mas deve fazer, uma vez que a Justiça determinou a coleta de 100% do lixo da cidade e não há equipe para isso.

O presidente do Steac/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), Wilson Gomes da Costa, disse que a empresa ainda não conversou diretamente com os funcionários, pedindo a volta dos serviços. “Eles chamaram apenas os representantes do sindicato e disseram que não tem dinheiro para pagar os salários, que a situação continua na mesma e que vão recorrer da decisão, mas não pediu ou determinou que voltassemos”, detalha.

Costa também lembrou que a Justiça concedeu liminar favorável aos trabalhadores em ação movida pelo sindicato contra a Solurb, que pedia o pagamento imediato dos salários. “As 17h30 de ontem a Justiça concedeu a liminar, dando prazo de cinco dias para que o pagamento sejam efetuados. Caso contrário a Solurb será multada no valor de R$ 100 para cada trabalhador por dia de atraso”, explicou o presidente.

Em nota a Solurb se defendeu afirmando que o atraso nos pagamentos não tem nenhum motivo além da falta de repasses da Prefeitura. “Então, é hipocrisia alegar que valores pagos por serviços realizados no passado, coloque a PMCG em uma condição de pontualidade, simplesmente ignorando que pagamentos parciais estão sendo realizados desde de Julho/14, e que pagamentos integrais que referem-se aos meses de Junho, Julho e Agosto/15 (Somam R$ 34,6 Milhões) até o momento estão em aberto, ou seja, em atraso”.

A Prefeitura mantém o discurso que está dentro do prazo de 90 dias para pagamento repasse dos valores, determinado pelo contrato. Pouco antes de Alcides Bernal ser reconduzido ao cargo, a empresa recebeu R$ 54 milhões, segundo a administração municipal.

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