Linhões de distribuição de energia oferecem perigo

O risco de descarga elétrica, provocado pelos linhões de distribuição de energia que passam por cima do canteiro da Avenida Guaicurus, em , travou o projeto de ciclovia que está parado desde janeiro deste ano, quando foi lançada a licitação da obra.

Segundo o secretário da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Valtemir Alves de Brito, a construção de ciclovia no local é inviável por conta do campo eletromagnético do local. Ele destaca que antes de dar início ao projeto é necessária uma discussão mais ampla sobre o assunto.

“É um projeto muito complicado porque corre o fio de alta tensão em todo o canteiro. É um campo eletromagnético muito grande, principalmente, nos dias de chuva. Tenho certeza de que pode morrer gente ali. Uma das opções é fazer a ciclovia nas margens da pista, mas isso preciso ser discutido”, declara.

Conforme a educadora física e ciclista, Elijane Coelho, de 38 anos, o projeto atual da Guaicurus não oferece segurança aos ciclistas. “Lá tem alguns problemas com a questão das torres. O ideal é que a ciclovia não fosse no canteiro. Esses projetos têm de ser pensados de forma que ofereçam mais segurança aos ciclistas”, pontua.  

A ciclista afirma ainda que as ciclovias foram pensadas apenas como lazer. “Esqueceram que muita gente utiliza a bicicleta como meio de transporte. Nossas ciclovias são bonitas, mas não são interligadas, não existe um planejamento, um trajeto”, frisa.

O vereador Eduardo Romero (PT do B), afirma que já foram apresentadas três propostas ao Município. Uma delas é a possibilidade de mudar os linhões. “Isso teria de ser conversado com a concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica”, observa. Além disso, o parlamentar sugere outras duas opções. “Seria interessante reservar uma faixa apenas para ciclistas, ou então, fazer uma ciclovia nas ruas paralelas a Guaicurus”, indica.

Romero também fala sobre a falta de conexões entre as ciclovias da Capital. “Muitas delas não estão conectadas, um exemplo disso são as ciclovias da Afonso Pena e Via Parque, embora sejam próximas, não são conectadas.Temos apenas oito quilômetros de conexão”, ressalta.

Em Campo Grande são 72,6 quilômetros e a previsão é de que até 2016 sejam 85,6. Na primeira semana de maio, uma audiência pública será realizada na Câmara de Vereadores para discutir a questão.