Prefeitura estuda reforma e moradores temem fechamento de maternidade

Proposta de reforma ainda está em processo de aprovação

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Proposta de reforma ainda está em processo de aprovação

Pouco mais de um mês após o prefeito Gilmar Olarte (PP) e o chefe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Jamal Salem, confirmarem a reforma do Hospital da Mulher, localizado na Rua Guarabu da Serra, na Vila Moreninha III, no sul de Campo Grande, o local continua da mesma forma e rumores sobre fechamento da unidade hospitalar, assustam os moradores da região. 

No dia 2 de maio deste ano, o chefe da Sesau, Jamal Salem, disse em entrevista ao Jornal Midiamax que o Hospital da Mulher seria fechado e o atendimento transferido para o PAI (Pronto de Atendimento Integrado) na Avenida Afonso Pena.

Na ocasião ele explicou que o fechamento seria por conta de uma reforma, com previsão de conclusão de seis meses.  O secretário municipal de saúde declarou ainda que as atividades retornariam logo após o fim da obra.

“O Hospital da Mulher não vai fechar, vai apenas mudar de lugar para passar pela reforma porque da forma como está não tem condições de continuar. Tem muita coisa para arrumar, foge muito das regras e protocolos estabelecidos no termo de funcionamento. Queremos transferir o hospital nesse momento e, terminando a reforma e ampliação de leitos, volta para o mesmo lugar”, afirmou em entrevista concedida no mês passado.

No mesmo dia Olarte também confirmou ao programa de rádio do vereador Chiquinho Telles (PSD), na FM Moreninhas, que o local passaria por reformas e que não seria desativado. “Não será fechado, sabe-se apenas que passará por reforma. Qualquer coisa além disso, só será feito depois de discutido com a população”, assegurou.

As declarações geraram diversos rumores entre a população local. Na Vila, muitos comentam sobre o fechamento da Maternidade. A atendente, Maria Joseide Vieira, de 47 anos, diz ter escutado que o local seria desativado. “Ouvi dizer que estão tirando as coisas aos poucos. Acho que se fechar vai ser muito ruim para população porque muitos não têm dinheiro nem para o vale-transporte para buscar atendimento em outro lugar”, pontua.

A agente comunitária de saúde, Hilda José Luiz, de 39 anos, afirma que não ouviu comentários sobre a possibilidade de fechamento e observa que o local é importante para a população local. “Aqui é longe e fica muito difícil se deslocar para outro lugar. Essa maternidade é importante para os moradores”, ressalta.

O mecânico Tafahedy Alves Estácio, de 24 anos, diz que duas de suas filhas nasceram no Hospital da Mulher. Ele afirma que a esposa está prestes a ter o terceiro filho e que a família também se programa para que o parto seja na maternidade. “Minha terceira filha deve nascer aqui também. O atendimento que minha mulher recebeu foi ótimo. Se fechar isso aqui muita gente fica prejudicado”, frisa.

A gerente do Hospital da Mulher, Maria da Glória Silva, afirma que o Hospital da Mulher realiza em torno de 100 procedimentos entre partos normais, cesarianas e curetagens, todos os meses, e que além disso, são feitas em média 600 consultas mensais.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura e foi informada de que “a proposta de reforma do Hospital da Mulher ainda está em processo de elaboração para então ser apresentada e aprovada junto ao Ministério da Saúde, sem data definida para início da mesma”.

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