Seis mil servidores estão sem receber benefício

Com um atraso de 17 dias do Bolsa Alimentação, os servidores do Executivo Municipal alegam passar por dificuldades, já que o dinheiro faz parte do salário deixando muitos servidores preocupados, como ressalta uma funcionária que não quis se identificar.

“Estamos sem previsão, sem posição nenhuma. Só tenho o básico, e com este dinheiro comprava alimentos como leite, bolachas para meus filhos e fazia a feira, e agora quando me pedem alguma coisa só posso dizer que não tenho, não sei o que fazer”, diz.

De acordo com o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, a Prefeitura tem duas folhas em aberto para pagar a empresa Brasil Card, a administradora do cartão.

As duas folhas em atraso soma R$ 1,7 milhão, que segundo Tabosa desde julho está atrasado. “Em maio em uma reunião na Prefeitura foi avisado que por causa das dificuldades financeiras teria um atraso no repasse do Bolsa Alimentação, mas que seria quitado posteriormente”, explica.

“Agora com a mudança de prefeito, o benefício foi cortado e ao levar o problema para o secretário de finanças, ele (secretário) afirmou que iria passar o problema para o prefeito, mas até agora não tivemos resposta alguma”, ressalta.

Segundo Tabosa caso não seja depositado o valor do Bolsa Alimentação até as 17h30 desta sexta-feira (18), uma assembleia será convocada entre a próxima terça-feira (22) e a quarta-feira (23), com os servidores para a deliberação do que pode ser feito com relação à situação. O valor do Bolsa Alimentação vai de R$ 120 até R$ 150. Os servidores da Educação recebem R$ 120, agentes comunitários de saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem recebem R$ 140, e os guardas municipais R$ 150.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou entrar em contato com a Prefeitura por e-mail, mas até o fechamento da matéria não obtivemos resposta.