Alunos foram barrados em Santos e suspeita é de golpe

Os pais dos estudantes barrados em cruzeiro devem acionar em breve a Justiça e entrar com processo por conta da “viagem frustrada” de formatura dos filhos. A informação foi revelada por um dos pais ao Midiamax nesta sexta-feira (11). “Vamos nos reunir hoje novamente e o próximo passo é esse, ver quem e de quer forma vamos acionar a Justiça pelo constrangimento”. A suspeita dos pais é de que houve golpe.

Vinte e um alunos de escola de Campo Grande compraram pacote para cruzeiro de viagem de formatura e foram barrados na entrada nesta quarta-feira (9), em Santos. Poucos conseguiram provar que haviam comprado o pacote e conseguiram embarcar.

Sem dinheiro, pois o cruzeiro já estava pago e com comida e bebida inclusa, os alunos, que estavam acompanhados de três maiores, foram para hotel em Santos. Alguns estão sem as malas, que foram embarcadas no navio e até sem documentos.

O suposto responsável pela viagem de formatura que se transformou em pesadelo para estudantes ainda não deu satisfações para os pais dos adolescentes. Uma reunião havia sido marcada para a noite de quarta-feira (9), mas foi cancelada e remarcada para a tarde desta quinta-feira (10), na presença do advogado dele. Mais uma vez, ele não apareceu.

A viagem para Santos (SP) estava marcada desde o começo do ano. Os estudantes deveriam embarcar em um cruzeiro da empresa MSC Cruzeiro, vendido por um funcionário de uma agência de Campo Grande, a Situr turismo e fretamento. O Jornal Midiamax entrou em contato com a empresa e foi informado que o dono estava em viagem e que não era possível informar o celular dele. Sobre o funcionário, foi informado apenas que “trabalhou na empresa por alguns dias só”.

De acordo com um pai, que embarcou uma filha de 18 anos na viagem de formatura, os pais procuraram a empresa, mas “ela tirou o corpo fora e passou para o rapaz que foi o negociador”. O pai diz que no momento do fechamento do pacote de viagem, o responsável informou que estaria em Santos na data do passeio, mas que entrou em contato com ele, que estava em Campo Grande.

 “Quando não puderam embarcar, ele falou que estava entrando em contato com a empresa do Cruzeiro, mas não resolveu nada e as crianças ficaram lá, quando o navio zarpou”, comenta. Os pais ainda foram no endereço da empresa, mas não localizaram ninguém e só conseguiram contato pelo telefone. “Disseram que não faz mais parte do quadro de funcionários. Mas no papel que a gente tem e no recibo tem o nome da empresa”.

Ao todo, este pai gastou aproximadamente R$ 5 mil na viagem e a filha foi de avião. Porém, alguns alunos foram de van para Santos. No caso dela, a passagem de volta está marcada para terça-feira, então ela possivelmente vai aguardar, pois o pai não conseguiu mudar a data da volta. Os alunos que não conseguiram embarcar estão hospedados em um hotel e pagando as diárias e refeições do próprio bolso.

Segundo os pais, alguns alunos voltam hoje de Santos para a Capital, outros terão que aguardar até sábado (12), pois as malas ficaram no navio do cruzeiro.

A reportagem não conseguiu contato com a MSR Cruzeiros.